Celebrar a arte, em suas diferentes linguagens. O 36º Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) receberá atores e atrizes regionais e nacionais para ocuparem palcos, praças e prédios históricos, dentro de uma programação diversa e que promete agradar os amantes das artes cênicas.
“Nesta edição, além do Palco Mariano Antônio, criamos um novo espaço no Museu Histórico de Sergipe para atender espetáculos que demandam um maior cuidado, a exemplo dos musicais. Prezamos por peças e artistas sergipanos, no entanto este ano, por meio do chamamento do Programa de Extensão da Universidade Federal de Sergipe, vamos receber um grupo da Universidade Federal do Pará também, e um monólogo baiano. Nossa intenção é que a cada edição grupos de todo o Brasil possam se apresentar”, destacou Antonio Mariano Soares, produtor do FASC.
Espetáculos
Na quinta-feira, 14, primeiro dia de FASC, a programação será aberta com o espetáculo “Billie Holiday – A Canção”. Estrelado pela atriz e cantora Tânia Maria, o espetáculo considerado uma das maiores produções de todos os tempos do teatro sergipano acontecerá no Museu Histórico de Sergipe, a partir das 18h30. O drama musical se constitui de breves momentos da vida de Billie Holiday, através da passagem de tempo, culminando num quarto de hospital.
O diretor e produtor do espetáculo, Raimundo Venâncio, falou sobre a expectativa para a apresentação no festival. “Será a primeira vez que iremos apresentar a peça no FASC, e será uma honra poder participar da maior manifestação artística de Sergipe. Acabamos de encerrar uma temporada em Belo Horizonte, que foi um grande sucesso, e agora muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de ver nossa peça poderão assistir no festival”.
O segundo espetáculo do dia será ‘Piedade, a seu dispô’, às 21h, também no museu. A peça faz parte da parceria firmada entre o dramaturgo Euler Lopes e a atriz Isabel Santos, no qual ambos investigam a condição de miserabilidade que certas camadas da sociedade brasileira enfrentam. A partir da perspectiva de personagens femininas, o espetáculo aborda temas como violência, direitos humanos, sustentabilidade, negligência, feminismos, maternidade e desigualdade social.
Inspirada em Nelson Rodrigues, baseada em fatos reais e uma livre adaptação de contos de Carlos Cauê, o espetáculo dramático “Desconto” abre o segundo dia de festival (sexta, às 11h no Museu Histórico de Sergipe). Tendo como tema central os vários tipos de violência intrafamiliar, a peça tem censura de 16 anos.
“O FASC é um dos principais palcos do artista sergipanos de todos os tempos. Estar nesse festival representa muito mais que uma simples apresentação, é integrar um evento que tem história na resistência ao pré-estabelecido, porque sempre foi neste espaço da Cidade Mãe onde nós tivemos a liberdade de expressar nossa arte, nossos inventos e propagar nossos intentos. ‘Desconto’ dialoga perfeitamente com a proposta do festival que é “ Resistir Para Existir”, um espetáculo que trata de machismo, violência intrafamiliar , empoderamento, homofobia, incesto, temas presentes em nossa sociedade, carentes de serem discutidos de forma intensa e que, através de nosso trabalho, se transforma num espetáculo musical, com a trilha executada ao vivo com o cantor e compositor Sena, e baseado em dança-teatro. Nossa expectativa é de ansiedade, emoção, euforia em junto com essa plateia pensante e pulsante levar essa reflexão que propomos ainda mais além”, explica a diretora geral do espetáculo, atriz e bailarina Tetê Nahas.
No domingo dia 17, no Palco Mariano Antonio, às 15h, o tradicional grupo de teatro Imbuaça, apresentará “A Farça dos Opostos”, onde um reino decadente e falido, onde os soberanos tentam a qualquer custo esconder a existência da dualidade, mostrando os contrastes da vida como ela é. Esse foi um texto montado em 1992, considerado um marco na estética do grupo, e que se mantém atual. “O Imbuaça montou A Farsa dos Opostos, para homenagear o poeta popular. A primeira montagem aconteceu em 1992, com a direção-geral do potiguar João Marcelino. Em 2012, ao celebrar os 20 anos da montagem, convidamos novamente João Marcelino para dar vida a uma nova versão e assim fizemos. Agora, Iradilson Bispo dirige a nova concepção cênica, que deverá surpreender o público. Se apresentar no FASC dará a sensação de estar de volta para o nosso lar, pois foi em São Cristóvão que assistimos o Teatro Livre da Bahia, dentro da programação do FASC, em setembro de 1977, apresentando um espetáculo de teatro de rua, e isto nos motivou também a criarmos nosso grupo”, relembra o ator e diretor, Lindolfo Amaral.
Depois de ganhar os palcos de São Paulo, Minas Gerais e Portugal, o espetáculo “Godó, o mensageiro do Vale”, monólogo escrito e interpretado por Caco Monteiro, e dirigido pelo inglês John Mowat, encerra o último dia do evento, às 11h dentro da Igreja Santa Izabel. Inspirada em fatos reais, a peça discute questões socioambientais e antropológicas. “Hoje, diante da escalada do desmatamento, e de outras tragédias socioambientais, “Godó” tornou-se mais atual do que nunca, um libelo contra o estado de coisas”, pontua Caco Monteiro.
Teatro Infantil-Juvenil
A garotada também será contemplada com uma programação de teatro, especialmente, pensada para este público. “No sábado, 16, no Palco Mariano Antonio, às 15h, o Mamulengo de Cheiroso apresentará o espetáculo ‘Vitalina Tira Pó’”. “A peça conta a história de uma mulher sozinha que quer encontrar um grande amor. “É cultura popular com um discurso feminista nas entrelinhas”, explica o diretor Gustavo Floriano.
Já o grupo de teatro A Tua Lona apresentará o espetáculo “Vai dar cacho na cabeça do bebê, mainha?”, também no Palco Mariano Antonio, às 17h30. O espetáculo contará a história de três irmãos: Lulu, Lolô e Lili, que têm como memória mais marcante o dia em que eles nasceram e acabaram por multiplicar o amor que existia na família. A vinda de uma nova irmã, Helena, vai modificar a dinâmica dessas crianças. Reconhecer Helena como irmã e ensiná-la a amar-se vai ser um grande desafio para esse trio que tem personalidades completamente distintas e que tem em comum o amor uns pelos outros.
A Cia de Arte Alese trará o espetáculo “O Balaio de Cantos, Contos e Encantos”, que promove o folclore e a cultura, na sexta-feira, 15, às 17h30, no Palco Mariano Antonio . O grupo utiliza o teatro como ferramenta de Educação, abordando temas pertinentes com mensagens sobre cidadania, educação e cultura. Na sequência, o pessoal do grupo Iurupari da Paraíba (PA), mostrará ao público a peça “Flor de Medo, a partir das 19h.
Fonte: Prefeitura de São Cristóvão
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