
O Museu Paraibano da Cultura Afro-brasileira e Indígena – MUPAI, realizador do CINE MUPAI, um cineclube dedicado à difusão e valorização do cinema e da cultura, irá exibir, no próximo sábado, dia 19 de julho, às 17h, o filme ‘Eu, Oxum ‘, uma película sergipana com direção da multiartista afro-indígena Héloa e da escritora e Iyálorixá Martha Sales. A sessão tem caráter educativo e cultural e não possui fins lucrativos, sendo parte da programação do mês de julho com a temática “A mulher afro-latina e caribenha – Questões de gênero” do cineclube, que busca ampliar o acesso ao cinema e promover reflexões sobre temas das populações indígenas, afro-brasileiras e povos de terreiro.
O evento, que celebra a resistência e a luta das mulheres negras, receberá a obra que aborda a ancestralidade e a força feminina através das narrativas das filhas da Orixá Oxum. Para uma das diretoras do filme, a multiartista sergipana Héloa, exibir o filme dentro da programação do Julho das Pretas é uma forma de seguir promovendo a reflexão sobre o racismo religioso e a importância da discussão das questões de gênero que envolve o tema de maneira transversal e interdisciplinar.
“O ‘Eu, Oxum’ foi lançado em 2017 de maneira independente e quase 10 anos depois ele ainda reverbera pelas salas de exibição dentro e fora do país e isso é muito gratificante, pois é um filme que narra a história de 6 filhas de Oxum dentro do Ilê Axé Omin Mafé, do qual faço parte como filha de santo, e a importância de Oxum para todas nós. Além disso, a exibição do filme no Julho das Pretas é uma oportunidade de conectar a arte com a luta e a resistência das mulheres negras, promovendo a valorização da ancestralidade e a celebração da nossa identidade de povos de terreiro”, disse Héloa.
Sobre o ‘Eu, Oxum’
O filme “Eu, Oxum” surge a partir dos conceitos de matrilinearidade e matrifocalidade que se juntam para retratar o protagonismo e a liderança feminina nesse universo religioso, assim como a importância e a resistência da mulher no cinema brasileiro, tendo passado pelas principais mostras de cinema do país, a exemplo da Mostra Egbé de Cinema Negro e Mostra Mulheres em Cena, em Sergipe, Aparelha Luzia (SP), Sesc Boulevard (PA), I Mostra de Cinema de Fronteira Brasil-Uruguai (RS), III Mostra de Cinema Negro do Mato Grosso (MT), II Mostra Cineclube Teresa de Benguela(ES), Ponto de Cultura Casa do Beco (BH), Fundação Ema Klabin (SP), Circuito BNB de cinema, no Museu Paraibano de Cultura AfroBrasileira e Indígena e foi licenciado para a plataforma de streaming Itaú Play (2022), além do destaque em veículos internacionais como o Jornal Italiano NaBoca DoPovo e o convite do Instituto Goethe, da Alemanha para a exibição e o debate sobre a resistência do Candomblé no Brasil, em 2021.
Fonte: Assessoria de comunicação