Na esfera ritmada da arte, faço-me em cores;
Cores lexicais e polissêmicas, tão logo sou plantada,
No solo da página passiva e dos pensamentos fecundos.
Eis que num instante excelso
Sou a flor de sentimentos cálidos,
Que se desfolha impregnada de intencionalidades.
Povôo a página antes sem graça
E dou-lhe alma, sopro e massa.
Sou a flor que se faz de sonhos
Para incitar pensamentos e versos.
Sou flor rara de exóticas feições;
Espécime em extinção no mundo,
Onde os homens temerosos tornam-se mudos.
Sou flor que explode,
por meio da palavra, sentimentos maduros.
De um ser mnemônico, que vislumbra
As manhãs do tempo com olhos que não são os seus.
Sou flor composta de pó, ética e som;
Sou o ritmo primitivo da alma admirada
Do homem perdido em palavras.
Por Gustavo Aragão
●Todos os direitos autorais estão reservados ao autor perante a lei nº 9610/98, lei de direitos autorais.
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