Flor poética – Gustavo Aragão

 
Na esfera ritmada da arte, faço-me em cores;

Cores lexicais e polissêmicas, tão logo sou plantada,

No solo da página passiva e dos pensamentos fecundos.

 

Eis que num instante excelso

Sou a flor de sentimentos cálidos,

Que se desfolha impregnada de intencionalidades.

 

Povôo a página antes sem graça

E dou-lhe alma, sopro e massa.

 

Sou a flor que se faz de sonhos

Para incitar pensamentos e versos.

Sou flor rara de exóticas feições;

Espécime em extinção no mundo,

Onde os homens temerosos tornam-se mudos.

 

Sou flor que explode,

por meio da palavra, sentimentos maduros.

De um ser mnemônico, que vislumbra

As manhãs do tempo com olhos que não são os seus.

 

Sou flor composta de pó, ética e som;

Sou o ritmo primitivo da alma admirada

Do homem perdido em palavras.

 

Por Gustavo Aragão

 

●Todos os direitos autorais estão reservados ao autor perante a lei nº 9610/98, lei de direitos autorais.
 
 

 

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/0029Va6S7EtDJ6H43FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais