Durante o Carnaval é comum a participação de muitos foliões nos famosos ‘bloquinhos’. Segundo a professora da Universidade Tiradentes (Unit), Luciana Rodrigues, esse período de Carnaval é a “prova de fogo” para aqueles foliões mais alinhados à sustentabilidade. Ela explica que a festa não é desculpa para deixar a consciência ambiental de lado e dá algumas dicas como se divertir de maneira consciente.
“Nós precisamos ter um pensamento sistêmico sobre a importância do meio ambiente”, avalia Luciana Rodrigues. A docente destaca sobre a necessidade de se “pensar consciente” o ano inteiro e não querer “eleger momentos” para ser sustentável, a exemplo do Carnaval. Luciana diz que não é algo do outro mundo participar da festa carnavalesca e, ao mesmo tempo, adotar atitudes que ajudam a diminuir alguns impactos ambientais. Veja as dicas propostas por ela:
Evitar descarte de embalagens no chão
Segundo Luciana, nos períodos de Carnaval é crescente a quantidade de lixo nas vias públicas. “Dentro deste campo, temos o descarte irregular das embalagens de picolé, o plástico da cerveja, a lata do refrigerante, copos descartáveis, enfim, uma série de produtos que são nocivos ao meio ambiente”, destaca. Ainda segundo a professora, o ideal é fazer o mínimo: usar a lata de lixo.
Poluição sonora
Luciana faz um alerta para aquelas pessoas que gostam de ligar o som no último volume em algumas localidades da capital. Segundo ela, esse hábito afeta diretamente o ecossistema. “Os conhecidos paredões com música a toda altura geralmente são montados em áreas litorâneas ou parques e afetam diretamente toda a vida que está ali ao redor”, avalia. Segundo Luciana, é importante ter moderação e consciência no tocante à maneira de se divertir.
Glitter biodegradável
Sensação o Carnaval, o uso do glitter é um item indispensável na produção do look carnavalesco. Mas segundo a professora Luciana, o glitter afeta diretamente o meio ambiente. “Há estudos desde os anos 60 que indicam a presença da substância do glitter no fundo do mar e nos corais”, avalia. Dessa maneira, Luciana vê como uma boa saída, o uso consciente do glitter biodegradável, muito menos nocivo e de rápida decomposição se comparado ao usual.
Reutilizar fantasias ou trocá-las entre os amigos
Como carnaval também é sinônimo de fantasia, Luciana diz que as pessoas não precisam seguir a lógica do mercado e compra todo ano uma fantasia nova. “Eu tenho uma fantasia que comprei há mais de 10 anos, por exemplo, e é sempre útil”, afirma. “Se a pessoa não quiser repetir a mesma fantasia, uma ideia interessante é trocar fantasias entre amigos. Assim cada um tem um fica com um look diferente e ninguém se rende à um consumo exagerado”, afirma.
por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
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