A noite cresce insone.
Nas suas ruas desertas,
Sinistras, fora e dentro de mim, se esconde
Algo que me consome e me liberta.
Incomoda a mim esta solidão de mar profundo
Que me beija a alma e que me incita colorir em palavras
Aquilo que é, com retoques de desejo, pérolas e lampejo.
Cinjo a língua da noite com minha língua
Sinto, à pele de minha alma, algo que me incita e excita;
Sentimentos-cereja,
Da cor do meu desejo
Com o sabor da minha língua
Envolta à portuguesa,
Com ritmo e sons que cheiram a frutas vermelhas
E que nutrem meu ser de sentidos diversos.
Por Gustavo Aragão
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