História de Luiz Carlos Prestes é lançada em Aracaju

Leocádia Prestes: coletiva no sindicato (Foto: Ronaldo Sales/Sindicato dos Radialista)

Filha de Luiz Carlos Prestes, o líder revolucionário que ficou conhecido como o Cavaleiro da Esperança, e Olga Benário, a historiadora Anita Leocádia Prestes está em Aracaju e, na noite desta segunda-feira, 18, lança sua última obra intitulada “Luiz Carlos Prestes: o combate por um partido revolucionário (1958-1990)”, que apresenta os resultados da investigação histórica da atuação política do revolucionário brasileiro a partir de 1958 até o falecimento dele, em 1990.

A noite de autógrafo acontecerá no prédio da reitoria da Universidade Federal de Sergipe, a partir das 19h. Nesta manhã, a historiadora conversou com jornalistas e radialistas em café da manhã servido pelo Sindicato dos Radialistas de Sergipe. Crítica dos entendimentos políticos que levaram o operário Luiz Inácio Lula da Silva e, na sequência, Dilma Rousseff à Presidência da República, Leocádia Prestes classifica como calúnia as versões oficiais em torno da história do pai e de supostos acordos firmados com o então presidente Getúlio Vargas, durante a II Guerra Mundial.

Leocádia Prestes diz que Vargas reagiu sob pressão para romper com os países do eixo e que o gesto do pai à época se traduz como ato político em apoio à iniciativa de Vargas em lutar contra o nazifascimo. “Mas frequentemente, a história é deturpada e Luiz Carlos Prestes caluniado”, considerou. Ela fala também sobre a sobrevivência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), informando que há um grupo leal ao ideário de Luiz Carlos Prestes que vem lutando no país para levar adiante a política rumo ao socialismo. “Está se lutando, um caminho duro e difícil”, considera, em referência à implantação do regime socialista no Brasil.

Leocádia Prestes: história passada a limpo

A historiadora também falou sobre os avanços políticos e destaca que a Comissão da Verdade é uma grande conquista. Citando como exemplo, o atestado de óbito fornecido pelo Estado à família do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, reconhecendo-o como vítima da tortura militar. Mas lamenta que os torturadores não sejam punidos.

Esta é a segunda visita de Leocádia Prestes a Sergipe. Na primeira vez, em 1987, a historiadora esteve em Aracaju acompanhada do pai para inauguração da escola municipal Olga Benário, numa homenagem da prefeitura da capital sergipana à mãe da historiadora, que fora vítima da perseguição nazista aos judeus e foi deportada do Brasil, com o apoio do então presidente Getúlio Vargas, para a Alemanhã, onde morreu no campo de extermínio de Bernburg.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais