Portal Infonet – Qual o segredo do sucesso do E-motrixx? Eduardo Montezuma – Acho que o público ao longo desses três anos conseguiu reconhecer a seriedade, o respeito e o profissionalismo com o qual executamos os nossos trabalhos desde a origem do evento. O núcleo Eletromotrixx, realizador dos eventos E–Motrixx, sempre buscou melhorar a cada edição, trazendo sempre grandes atrações para compor a festa e proporcionar ao público aracajuano a sua inclusão no cenário brasileiro de eventos de música eletrônica. Infonet – Quais foram os principais desafios enfrentados? EM – Vários. Um novo desafio surge a cada edição, mas a determinação e o comprometimento com o nosso público é o mais importante para vencermos essas dificuldades e atingirmos os nossos objetivos. O fato de conseguir apoio através da iniciativa privada é algo sempre complicado para vários segmentos. Tanto no esporte, na música, nas artes, quanto em eventos de pequeno, médio e grande porte há sempre essa incógnita com relação à concessão de um patrocínio que viabilize a realização da obra. Em 2009, estamos com um planejamento para envio do nosso projeto ao Ministério da Cultura para tentarmos obter um apoio da iniciativa privada através da Lei Rouanet e assim estruturarmos e qualificarmos cada vez mais o nosso evento. Infonet – Até agora já foram realizadas quantas edições do evento e com quais temáticas? EM – Nós realizávamos quatro eventos anuais. O Beachbeats, o Psycircus, o Indoor e o Clorophilla, cada um respeitando uma temática direcionada à proposta da festa. Com relação ao Psycircus esse será o terceiro ano que realizamos e a sua temática é justamente proporcionar a interação de várias artes em um só lugar. A arte circense é algo presente na vida de qualquer pessoa. Portanto, resolvemos unir essa magia do circo aos beats da música eletrônica em um lugar onde tivêssemos toda a tematização favorável para criarmos essa ambiência. Não estou querendo vender o peixe aqui, mas é uma das festas mais belas que realizamos, pois todo o público se identifica demais com o evento. EM – Geralmente o público dos eventos E–Motrixx estão em uma faixa etária de 18 a 45 anos. Expressivamente o público mais jovem se identifica mais com a festa por já ter ido a algum evento em outra cidade e através de vídeos ou comentários de amigos que já foram ao E-Motrixx. Infonet – No início o público sergipano recebeu bem a proposta ou levou tempo até formar público para esse tipo de evento? EM – No início tivemos uma surpresa. A primeira festa que fizemos foi o Beachbeats no dia 26 de Novembro de 2005 e esperávamos um público máximo de 700 pessoas. Sabe quantas pessoas foram ? Mais de 1.500 pessoas ! A partir daí vimos que realmente o público aracajuano tinha essa carência com relação a eventos de música eletrônica no calendário de eventos da nossa cidade. Infonet – Aracaju está consolidando posição de destaque no Nordeste em eventos de música eletrônica? Ou ainda vai demorar para ter visibilidade? Comente um pouco o assunto. EM – É fato que Aracaju não tem uma cultura de casas noturnas destinadas exclusivamente à música eletrônica como em outras cidades do país e do mundo. Isso faz com que não tenhamos tanta representatividade em âmbito regional e nacional causando uma certa carência do público local que por inúmeras vezes já migrou para outras cidades para participar de eventos como o E–Motrixx. Foi justamente com o intuito de atender a essa carência que resolvemos criar o evento em 2005 e de uma forma qualitativa proporcionar a inclusão de nossa cidade no circuito nacional dos eventos de música eletrônica no Brasil e aos poucos estamos conseguindo este feito. Atualmente temos contatos com várias agências nacionais e internacionais que nos enviam mensalmente a lista dos seus artistas que estarão em turnê pelo país além de nos conceder prioridades e descontos para que possamos realizar os nossos eventos e consolidarmos a cena em nosso Estado. Esse reconhecimento também foi registrado na revista alemã Trancers Guide que concedeu aos eventos E-Motrixx o título de evento representativo de Sergipe no cenário nordestino e brasileiro de música eletrônica. Infonet – A organização do evento tem alguma preocupação especial em relação ao consumo de drogas nas festas? EM – Claro. Qualquer evento que preza pela segurança, pelo respeito e o bem estar do seu público sempre vai se preocupar com essas questões, e os eventos E-Motrixx não é diferente, afinal de contas o que promovemos é entretenimento e não um aliciamento ao consumo de produtos ilícitos. Particularmente, acho um tanto quanto discriminatório e pejorativo relacionarmos o uso dessas substâncias somente a eventos de música eletrônica sendo que em festas de outros segmentos musicais presenciamos fatos até piores. É importante deixar claro que o problema das drogas é um mal presente em todo o mundo e em todas as classes da sociedade moderna, cabendo a cada um ter a consciência do que ela causa e as conseqüências do que isso pode acarretar perante à lei. Nunca trabalhamos na clandestinidade, pois antes mesmo do evento acontecer todos os órgãos ligados à Segurança Pública do Estado são informados sobre a realização e sempre que tivemos a oportunidade de nos reunir com as autoridades, eles se mostram dispostos a nos ajudar no que for preciso pois reconhecem a seriedade do nosso trabalho e comprometimento que temos com o público que formamos ao logo desses anos. Além disso, em todo o nosso material promocional, no site e no verso do ingresso deixamos explícito que o acesso e a permanência no interior da festa possuem normas que devem ser respeitadas, caso contrário, a equipe de segurança conduzirá o frequentador infrator às autoridades presentes no local para que sejam tomadas as devidas providências. Música é vida! Infonet – Nesta edição do E-Motrixx como será trabalhado o tema do circo? EM – Bem, em primeiro lugar o evento será realizado embaixo de uma lona de circo onde toda decoração será voltada para essa tematização. Além dos dj´s e vj´s que compuseram o espetáculo, teremos também a apresentação do grupo Circolarte formado por alunos circenses que fizeram parte das aulas ministradas pela Caravana Arco-Íris, um grupo de artistas itinerantes que viaja pelo mundo promovendo trabalhos sociais através da arte do circo. Tenham certeza que vai ser um espetáculo inesquecível… Infonet – Qual a novidade que vocês vão trazer em termos de atração? Quais os principais destaques? EM – Ao todo serão nove atrações que comandarão a festa. Como novidade estamos trazendo pela primeira vez à Aracaju o projeto paulista Audio-X, que após o E-Motrixx Psycircus está com datas fechadas para apresentações em três cidades no Japão. Tem o Santz, que está chegando de uma turnê européia e desembarca em Aracaju para uma apresentação exclusiva. A Lyah, a única mulher entre os homens que mostrará todo charme do Electro já nas primeiras horas da manhã, e Tron, a atração internacional que vem diretamente do México para tocar em nossa cidade e logo após segue em turnê pela Europa e Índia. Infonet – A expectativa é de reunir um público de quantas pessoas? EM – Disponibilizamos apenas mil ingressos para serem vendidos para o público, mais alguns convidados. O primeiro lote já acabou no último domingo e restam apenas 300 ingressos para o público adquirir até o dia da festa nas lojas. Caso ainda tenham ingressos disponíveis no dia do evento, estaremos vendendo na bilheteria ao preço promocional de R$ 40,00 + 1KG de alimento não perecível. Aconselho ao público não deixar pra comprar de última hora pois poderão ficar nas mãos de cambistas que certamente superfaturarão o valor dos ingressos. Infonet – O que vocês estão preparando ainda para esse ano? EM – Segredo. A única coisa que eu posso adiantar é que será algo nunca antes visto em Aracaju !! Preparem-se… Por Carla Sousa
Fechando a seqüência de entrevistas sobre o E-Motrixx Psycircus, o Portal Infonet, publica um bate-papo com o idealizador e organizador da grande festa de música eletrônica, Eduardo Montezuma. Depois de três anos a iniciativa de trazer a cultura eletrônica para o Estado, já se consolidou à custa de muito trabalho e uma ‘visão consciente do que faz’, afirma Montezuma. Para embalar o público apreciador do estilo, neste sábado, 23, acontece o E-Motrixx Psycircus. Para conhecer um pouco mais sobre a iniciativa, os desafios e as novidades confira a entrevista. Eduardo Montezuma /Foto: Divulgação
Infonet – Qual o perfil do público do E-Motrixx?
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