Sou, agora, a liberdade em grito
Ganhando asas, envolvida na dor
Que a distancia constrói.
Parece minha voz mais frágil, débil.
Tenho medo.
Tenho medo da incerteza do futuro
que se levanta e furta cores,
Da escuridão que não me deixa ver além
de um palmo diante de mim
Tenho medo do tempo e das suas atrocidades
Tenho medo de mim.
Sinto-me por vezes um vazio ambulante
Um ser (in) constante evolução.
Sinto-me branco, quadrado, sem canto,
Espantado com o próprio espanto.
Sinto-me um misto de menino, homem e desencanto.
Por Gustavo Aragão
São Paulo/SP
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