Exposição comemora os 80 anos do Iphan no país (Fotos: Portal Infonet)
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Com a Exposição Fotográfica "A Paisagem Cultural da Praça São Francisco", o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Sergipe (Iphan/SE) inicia as comemorações pelos 80 anos do Iphan, fundado no Brasil no dia 13 de janeiro de 1937. A Praça São Francisco está situada no Centro Histórico do município de São Cristóvão, onde fica o Museu de Arte Sacra e a Casa do Iphan, em Sergipe. Pela Unesco foi reconhecida em 2010 como Patrimônio Cultural Mundial, por isso a escolha dessa exposição para a abertura dos festejos pelos 80 anos do instituto.
“Nós abrimos a casa para uma exposição do Museu de Arte Sacra intitulada ‘A Paisagem Cultural da Praça São Francisco’, pois essa praça é um patrimônio mundial reconhecido pela Unesco, Patrimônio Nacional reconhecido pelo Iphan e foi considerada Patrimônio da Humanidade em 2015, além de ser Patrimônio Mundial Cultural. Tem uma grande importância para o Iphan, daí essa escolha”, explica o superintendente do Iphan/SE, Gilmair Soares Santana, ao ressaltar que em Sergipe durante todo ano haverá eventos em comemoração pelos 80 anos do Iphan.
A exposição “A Paisagem Cultural da Praça São Francisco” acontece na sede do Iphan, em Aracaju. “Se o Brasil tem uma cara, essa cara foi dada pelo Iphan”, é o que diz a diretora nacional do Iphan, Kátia Bogéa, ao alertar para o risco que o instituto corre de não conseguir cumprir o seu papel em razão, principalmente, da falta de orçamento e de quadro funcional.
É preciso valorização
Segundo Kátia Bogéa, nesses 80 anos de atividade, foram tombados 87 conjuntos urbanos (o que implica em cerca de 80 mil bens em áreas tombadas e 531 mil imóveis em áreas de entorno já delimitadas) e três estão sob tombamento provisório. De acordo com ela, é preciso uma estratégia de educação e valorização do patrimônio material e imaterial do país.
“Esse mundo a que chegamos agora é onde você tem essa massificação, essa globalização, o ser humano muito ligado à materia, às coisas e inteligências artificiais que o futuro está nos destinando. Então essa dimensão humana, de nossas histórias, nossas memórias, e toda a trajetória humana, essa construção coletiva do ser humano precisa se valorizada”, disse.
A valorização e a ocupação do patrimônio, para a presidente do Iphan, partem de uma comprensão política, de um amadurecimento da população, que passa, necessariamente, por um processo de formação educacional de compreensão da importância desse ativo para a população brasileira perante o mundo. O patrimônio precisa ser ocupado para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do país, é uma questão política e estratégica perante o mundo, afirma a presidente.
Por Moema Lopes com informações da Agência Brasil
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