Jéssica Lieko: do infantil ao teen

Nesta edição do projeto “Quintas da Asseaim”, a associação presta homenagem às crianças, colocando no palco do Melodia a ex-cantora mirim e atual cantora pop-teen, como ela mesmo se auto define: Jéssica Lieko. Natual do Belém do Pará, mas sergipana por adoação e vontade própria, a menina de apenas 15 anos, mas extremamente consciente dos prazeres e dificuldades da vida artística, conta ao SERGIPE CULTURAL as principais cenas de sua carreira. SERGIPE CULTURAL – Como você se tornou cantora? Jéssica Lieko – Aos cinco anos, no coral da Escola de Música Magia do Som. Eu iniciei tocando piano, flauta e escaletta. Como minha professora tinha um pequeno coral com os alunos da escola, ela me convidou para fazer parte e eu comecei a me destacar fazendo solos. Então, foi a partir daí que realmente me interessei pela música. Depois de quatro ou cinco anos, gravei o meu primeiro cd Sonho de Criança, com direção de Gilson Barata, foi quando comecei profissionalmente, aos nove. Logo em seguida, gravei o Liga pra Mim, que é o mais recente. E estou entrando em estúdio dia 13 de outubro para começar a gravar o terceiro, que ainda não tem título. SC – Qual a diferença do seu primeiro cd para o segundo? JL – O primeiro é bem infantil. Já o segundo é muito mais pop- também voltado para as crianças, mas com um lado bem adolescente. Todas as músicas são inéditas. Quem compõe para mim é o Sílvio, Tom Robson, Gilvan,… todos compositores daqui. Eu mesma, por enquanto, nunca parei para escreve; mas, quem sabe um dia? SC – Como é seu público hoje? JL – Tem bastante jovens. Eu estou indo mais para a linha adolescente, agora. Mas as crianças ainda são meu público maior. SC – Em algum momento, a carreira precoce interferiu na sua infância? JL – Não interferiu em nada, porque eu faço com prazer. Não deixo ser um problema para mim; não acarreta nenhum sacrifício. Claro que a correria é grande, mas não é nada de mau. SC – Além da música, você pretende trabalhar com outra coisa? JL – Vou fazer vestibular para direito. Não tem nada a ver com música, mas tudo bem. SC – O que você percebe de mais difícil e de mais gratificante em sua carreira? JL –A difculdade maior é a falta de incentivo. Graças a Deus, eu ainda posso contar com o apoio de várias pessoas, mas eu sei que é muito grande a luta para conseguir vencer. Principalmente, se a maioria dos recursos é próprio. Lá em casa, é meu pai que patrocina a maioria das coisas. Então, é bastante complicado, porque para alcançar a mídia nacional é muito caro e fica difícil conseguir só com os recursos de meu pai. Depender da ajuda por amizade também demora. Quando se consegue um convite, às vezes, não se pode ir por falta de patrocínio. Eu mesma, já fui convidada para cantar no programa do Raul Gil, mas não pude ir por não ter passagem. Isso é o mais que tem de mais difícil. E o melhor é o carinho, o reconhecimento, a correria: eu gosto disso. SC – Qual a importância do projeto Quintas da Assaim? JL –É uma forma de unir a cultura musical e até para os próprios artistas se darem mais valor, porque aqui existe muita desunião. Melhorou um pouco, mas ainda existe muito aquela coisa de um querer ser melhor que o outro. O projeto nos ajuda bastante, justamente, por ser muito difícil vencer como artista, e ele é uma forma de juntar, reunir.Ele consegue shows para os artistas, não só na área de música, mas para poetas, escritores, várias pessoas. SC – Qual o conteúdo do show de quinta? JL –O show vai ser bem diferente: vai ser ao vivo, com dançarinos, um repertório super atual: “pop-teen-delta”, que vai agradar todas as idades.Vou cantar músicas dos meus cd”s, de Jota Quest, músicas internacionais,…até músicas infantis mesmo, porque é uma homenagem às crianças. No show, tem, mais ou menos, sete ou oito pessoas no palco, com músicos, bailarinos e backs. SC – Quais artistas você admira? JL –Artistas já consagrados, como Marisa Monte, Elis Regina. Gosto muito de Roberto Carlos, muito mesmo; não é linha que eu sigo, mas ouço muito. De internacional, gosto de Whitinie Huston, Avil, que faz a linha que canto,… Daqui de Sergipe, gosto muito de Amorosa, da minha produtora, Marilda Góes, Maíra, a Estrelinha do Forró- ouço muito ela-, Alapada, Cartel de Bali. Eu gosto muito de pop-rock: a maior parte o meu show é assim. Gosto um pouco de reggae, que também tem no meu repertório, MPB,… O repertório é feito selecionando os maiores sucessos atuais e sucessos de artistas já consagrados, aí a gente adapta ao meu estilo.Quem escolhe é a minha produtora. SC – Qual foi o momento mais feliz de sua carreira? JL –A gravação do meu segundo cd foi muito importante para mim. Mas o projeto maior, que mais me emocionou foi o Pré-Caju. Há três anos eu “puxo” o Bloco da Criança, o único bloco infantil na avenida. SC – O que você ainda quer fazer? JL – Estudar, fazer meu vestibular e conseguir despontar na música, melhorar cada dia mais meu show, tocar mais, me aprimorar mesmo. SC – Como é sua rotina de cantora? JL – No mês das crianças é quando me apresento mais, e no Pré-Caju também. De janeiro à outubro é a época de mais shows. Em março, a gente escolhe o repertório, já se prepara para entrar em estúdio e planeja o novo show para o outubro, que já vai chegar: é sempre assim. SC – Qual o comportamento de seus pais em relação a sua carreira? JL – Eles me incentivam desde sempre. Por sinal, são eles que financiam a maioria das coisas. Me apoiam bastante, mas também levo muita bronca: eles são muito realistas.

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