A artista argentina Julieta Zarza, radicada no Brasil desde 2007 e conhecida pela multidisciplinaridade do seu trabalho (ela é bailarina, musicista, arte-educadora e faz parte de uma companhia de circo-teatro paulista; já trabalhou na Espanha, Chile, Bolívia, Peru e Argentina), realiza nesta quarta-feira, 7, e na quinta-feira, 8, dois workshops em parceria com a ‘Cia. O Mínimo’, onde trabalhará técnicas de Tango e de Palhaço. 
Julieta Zarza está no Brasil desde 2007 (Foto: Arquivo Pessoal)
É a segunda vez que Julieta visita o Estado. Antes trabalhando apenas com grupos de teatro, agora, de acordo com os coordenadores da ‘Cia O Mínimo’ Robert David e Íris Fiorelli, a intenção é oferecer uma oportunidade para os aracajuanos terem a mesma formação que apenas alguns artistas locais dispõem. “Sergipe carece de uma linguagem que a Julieta possui. A gente quer aproveitar para que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que nós, que ela não venha aqui realizar um trabalho meramente individual”, explica Ìris.
Os wokshop’s terão três horas de duração cada e ocorrem no SESC/Centro. Segundo Julieta, apesar de as duas propostas serem diferentes não há critérios para a participação. No caso do tango, não importa, inclusive, ter parceiro, mas podem participar homens e mulheres. “Vamos abordar os princípios básicos e dar todas as noções necessárias para o caso de a pessoa desejar seguir. Se depender de mim, será uma experiência agradável a todos”, explica. 
Íris e Roberto, da “Cia. O Mínimo” estão trazendo a artista para o público local (Foto: Portal Infonet)
Julieta ainda dá uma dica aos homens: “Sempre faltam parceiros nos bailes. O Tango é uma ótima oportunidade para conhecer mulheres”, avisa.
Fascínio pelo Tango
A argentina já trabalha com o Tango há 13 anos, mas desde os seis anos de idade a dança faz parte da vida dela. “O Tango é um universo que apaixona qualquer pessoa. É uma arte complexa, que exige muita produção”, diz. Julieta conta que os bailes de tango, conhecidos como milonga, estão espalhados por todo o mundo. O Tango, ainda segundo ela, é uma forma de mostrar que a rivalidade entre Brasil e Argentina, de que tanto se fala, não ultrapassa os limites da brincadeira e por isso atrai tantos interessados. 
“O Tango é uma porta para ver como as culturas são afins”, diz Julieta (Foto: Portal Infonet)
“As pessoas ainda desconhecem o quanto os dois países tem coisas em comum. Temos, assim, uma porta para ver como as culturas são afins.”, ressalta a artista.
O reconhecimento da dança como patrimônio intangível da humanidade – título atribuído pela UNESCO – abre a oportunidade para que haja uma maior valorização tanto da arte, como de quem a faz. “Isso é importante porque dá uma seriedade e permite que várias coisas sejam viabilizadas. Até mesmo a valorização dos artistas”, considera Julieta. 
Julieta Zarza, artista multidisciplinar, na pele da palhaça Zulipeta (Foto: Arquivo Pessoal)
Participação
Para participar dos workshop’s, o investimento é de R$ 40. Mais informações pelo telefone 9974-4358.
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