No dia 21 de março deste ano, data que celebra o dia internacional de luta pela eliminação da discriminação racial e o dia nacional das tradições africanas do Candomblé, o projeto Kizomba dos saberes: o portal da cultura afro-sergipana, iniciativa do Grupo de Pesquisa em História da África e da Diáspora Africana (GEPHADA/UFS), realizará o lançamento oficial do site, às 17h, no auditório da reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus São Cristóvão. O evento contará com a exposição Afro-sergipanidades, do artista Edwyn Gomes, e apresentação do Samba de Côco de Seu Diô.
De acordo com a coordenadora do projeto, a professora doutora Mariana Bracks Fonseca, o portal é uma iniciativa inédita, construída com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre cultura negra através de recursos pedagógicos. Além disso, o evento de lançamento será aberto ao público em geral e o portal tem acesso livre, com o intuito de colaborar com o fomento à produção de conhecimentos pedagógicos atrelada ao uso de tecnologias educacionais como dispositivos de aprendizagem. O site reúne em um mesmo local informações e conteúdos a respeito da temática afro-sergipana que, segundo a professora, se encontram muito dispersas na internet, o que torna o seu acesso difícil para aqueles com pouca familiaridade com o mundo digital.
“O portal Kizomba dos Saberes é uma plataforma inédita no cenário das tecnologias educacionais disponíveis para o público de docentes e discentes em Sergipe e no mundo. O corpo docente dos sistemas de ensino básico de Sergipe tem poucas condições de inserir a temática da cultura afro-sergipana em suas aulas: ou ele ignora o tema, desrespeitando a legislação, ou utiliza materiais de outras localidades que não refletem os processos históricos e identitários vivenciados no Estado. Portanto, a ferramenta foi criada pensando em contribuir para o desenvolvimento da educação e da sociedade sergipana, de maneira geral”, ressaltou Mariana.
Kizomba dos saberes
A professora doutora Yérsia Assis, destaca que o Kizomba dos Saberes surgiu a partir de uma inquietação entre algumas pesquisadoras e pesquisadores, diante da necessidade de maior produção de conteúdos curriculares, sobretudo para a educação básica, que tivessem um enfoque na cultura negra sergipana, principalmente representada através de suas expressões culturais. Além de, provocar e produzir o que preconiza a Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas.
“O Kizomba dos Saberes nasce a partir desse caminho, foi um nome que surgiu quando eu estava escrevendo o projeto, pela influência de Angola, porque Kizomba é uma palavra no quimbundo, que significa festa, ajuntamento. Portanto, Kizomba do Saberes é uma festa de saberes, porque nós estamos associando efetivamente a essas manifestações culturais negras que tem em vários lugares do estado de Sergipe. A partir de um mapeamento e do financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do estado de Sergipe – Fapitec, escolhemos criar um site que funcionasse como um banco de dados com acesso livre para todas e todos, para fazer valer de maneira efetiva a Lei 10.639 em Sergipe”, pontuou, Yérsia.
O site já está no ar e disponível para consulta em: https://www.kizombadosaberes.com.br/
Para inscrição no evento com direito a certificado, acesse: https://www.sigaa.ufs.br/
Fonte: Assessoria de Imprensa
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