O tema e a identidade visual da 21ª Parada LGBT de Sergipe será apresentada oficialmente na próxima terça-feira, 19, no Museu da Gente Sergipana, pela comissão organizadora do evento.

A Parada LGBT, que há dois anos ocorre de forma virtual, devido a pandemia da covid-19, contará com a apresentação de um trabalho acadêmico sobreo evento, com o lançamento de um aplicativo de empregabilidade para pessoas LGBT e também apresentações culturais.

O trabalho acadêmico foi escrito pelo advogado e mestrando em Antropologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Gladston Passos, e possui o título “Orgulho, Luta e Resistência: Uma análise antropológica da Parada LGBT de Sergipe”. O pesquisador acompanhou de perto os bastidores do evento, fazendo parte da comissão organizadora nos últimos anos.

O lançamento do aplicativo “Inclusão Arco-Íris”, produto de um projeto de mesmo nome executado pela Astra, que tem como objetivo qualificar e lançar a população LGBTQIA+ no mercado de trabalho, através da formação de lideranças e do fortalecimento de ações institucionais para inclusão social deste público, também fará parte do evento. Logo após, acontecerá a revelação do tema e identidade visual da 21ª Parada LGBT de Sergipe e, em seguida, apresentações culturais de artistas LGBTQIA+ locais.

A temática do evento perpassará sobre a importância de votar em candidatos que representem as pautas da comunidade LGBTQIA+ nos cargos legislativos e executivos, visto que voltará as ruas em ano de eleições.

Sobre a Parada LGBT de Sergipe

A Parada LGBT de Sergipe começou há vinte anos como um baile de carnaval. Em julho de 2002, contra toda ignorância e tentativas de boicote, a primeira Parada LGBT de Sergipe aconteceu na Passarela do Caranguejo, na orla de Atalaia, com a adesão de algumas dezenas de pessoas marchando atrás do trio na avenida.

Hoje, a Parada é a maior manifestação de rua do estado de Sergipe e faz parte do calendário cultural do município de Aracaju, pela Lei nº 3730, de 30 e junho de 2009. O evento, que levou 160 mil pessoas à Orla de Atalaia em 2019, movimenta o turismo da cidade e promove políticas públicas de visibilidade e inclusão a cada ano.

Em 2020 e 2021, com as medidas restritivas de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19, a Parada aconteceu de forma virtual. A programação transmitida através do YouTube soma mais de 18 horas de conteúdo sobre a história do evento, conquistas do movimento LGBT sergipano, depoimentos e entrevistas de militantes locais e nacionais, além de diversas apresentações culturais. As duas transmissões totalizam hoje mais de 13 mil visualizações.

Com informações da Astra