Li e Recomendo traz a dica do professor Dario Pagel

A dica do ‘Li e Recomendo’ desta semana é do professor de língua francesa da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Dario Pagel (Foto: Arquivo Pessoal)

A dica do ‘Li e Recomendo’ desta semana é do professor de língua francesa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Dario Pagel. O livro “Les Identités Meurtrières” (Identidades assassinas), do repórter e escritor libanês Amim Maalouf, aborda a questão da identidade e é também um manifesto de indignação contra a loucura que incita à violência e à morte em nome da identidade. Filho de pais alemães, o professor conta que o livro foi essencial para seu entendimento cultural quando iniciou seus estudos no Brasil.

No Brasil, Dário conta que o conflito de identidade começou ao ingressar na escola, aos seis anos e meio. Aqui encontrou um contexto escolar monolíngue, onde os professores da Escola primária brasileira não estavam preparados para alfabetizar e escolarizar crianças com outra identidade cultural e linguística. Por isso, a obra é para ele um ensinamento.

“A leitura do livro Les Identités Meurtrières me marcou porque o autor começa logo a falar de sua própria identidade: francês? Mais libanês? E que, na verdade, o leitor logo percebe que Amim Maalouf se sente libanês, francês, árabe e, também, cristão. São muitos traços que formam a nossa identidade. Logo no início, o autor alerta para o perigo que é querer fazer com que alguém tenha um domínio mais profundo, porque isso reduz cada indivíduo a uma “essência” estabelecida de uma vez por todas ao nascer e que nunca se alterará. Encontrar exatamente as mesmas pertenças em dois indivíduos é impossível, e é isto que torna cada indivíduo singular. O autor conclui que na história dos povos, a modernidade é muitas vezes rejeitada e nem sempre entendida como um progresso e como uma evolução bem-vinda”.

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Obra: “Les Identités Meurtrières”

Editora: Grasset &Fasquelle, em Paris, em 1998.

Autor: Do repórter e escritor libanês Amim Maalouf

Resumo

Qual é a necessidade de pertencimento coletivo, seja ele cultural, religioso ou nacional? Por que esse desejo, legítimo em si mesmo, por isso muitas vezes leva ao medo do outro e sua negação?  As nossas sociedades são eles condenaram a violência sob o pretexto de que todos os seres não têm a mesma língua, a mesma fé ou da mesma cor? Nascido na confluência de várias tradições, o romancista do Rochedo de Tanios (Prix Goncourt 1993) baseia-se em experiência pessoal , assim como na história , atualidade ou filosofia, para examinar essa noção crucial de identidade. Ele mostra como, longe de ser dada uma vez por todas, a identidade é uma construção que pode variar. Ele denuncia as ilusões, armadilhas e instrumentações. Ele nos convida a abrir um humanismo que nega tanto padronização global e da retirada na "tribo”.

Por Eliene Andrade

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