Márcia Freire relembra sucessos do Pré-Caju no Papagaiu’s Retrô

A cantora Márcia Freire, que embalou o bloco Papagaiu’s na primeira versão do Pré-Caju, em 1992, volta à cena nesta nova versão do bloco [o Papagaiu’s Retrô] e já está na avenida Beira Mar, onde um grande público se concentrou para acompanhar o cortejo, marcando as prévias carnavalescas que já estão ocorrendo na capital sergipana. Ainda no camarote, Márcia Freire conversou com jornalistas e declarou amor ao público que construiu naquelas passagens pelo Pré-Caju nos anos 90.

“Fomos os pioneiros do Pré-Caju com o bloco Papagaiu’s e era uma coisa muito intensa, muito mágica”, declarou, em conversa com o Portal Infonet. “Está de volta para rever os amigos. É uma festa menor, lógico. Mas com a mesma emoção, sem diferença. Ou até com uma emoção ainda maior”, observou. “O tempo passa, mas parece que a gente está retornando, é muito bom”.

Márcia Freire prometeu transformar o corredor da Beira Mar em nova passarela da folia, com a certeza de que está proporcionando momentos de grande prazer e interatividade com o público. “Essa troca de energia é muito importante e eu sei que eles [o público folião] estão ávidos, loucos para que a gente saia na avenida e possa reviver momentos maravilhosos”, comentou. Ela garante que o público se traduz na “grande força e pilar” do trabalho que ela constrói para animar os carnavais e as grandes prévias.

Concentração

Horas antes dos acordes dos tambores e das guitarras, os foliões já se concentravam na avenida Beira Mar aguardando o momento mágico. Alguns retiraram do baú a fantasia e outros exibiam o selo do Papagaiu’s Retrô estampado na camiseta, na certeza de que os históricos hinos dos anos 90 ressoariam como boas e vibrantes recordações.

“É uma retrospectiva, uma lembrança quando saímos da Praia com Márcia Freire”, comenta o bancário Marcos Dantas com o tom de pedido de que o bloco volte a se reafirmar nas prévias carnavalescas de Aracaju. Ele torce para que o Pré-Caju retorne, mesmo que seja por um tempo bem menor que aquelas épocas em que a festa tomava toda a semana. “Dois dias é um tamanho razoável”, opina.

A aposentada Márcia Dantas [agora esposa de Marcos] não conhecia o futuro marido na época das áureas do bloco, mas desfilou no Papagaiu’s na década de 90. Neste sábado, 2, o casal exibiu sorrisos e boas lembranças da época, que nem sonhavam em alinhar o companheirismo. “A ideia [do retorno do bloco] é muito boa, é como estivesse voltando aos meus 20 e poucos anos”, diz.

Revivendo personagens

Cariolando Silva que encarna o personagem do Padre Belga há cerca de 49 anos nas festas populares em Aracaju e no interior do Estado também voltou à folia, com a mesma fantasia e agora acompanhado pela esposa Márcia Íris, que aderiu à brincadeira e desfilou vestida de freira, chamando a atenção dos foliões. “Estou voltando com o mesmo entusiasmo e satisfação”, diz o Padre. “Que as pessoas brinquem com paz e alegria”, observou.

O empresário Djalmir Brandão e o filho Djalmir Júnior, idealizadores da festa deste 1o de fevereiro, demonstraram entusiasmo, mas não confirmam se haverá outros momentos desse bloco. “No momento é uma apresentação única”, diz Djalmir Brandão. “Os associados solicitaram a mim e ao meu filho para a gente reviver [aquela época]”, explica, sem demonstrar interesse em prosseguir com o projeto em outros momentos.

Segurança

Para garantir a segurança aos foliões, a Polícia Militar articulou um esquema especial envolvendo um efetivo de 120 policiais militares, que acompanham toda a passagem do bloco pela avenida Beira Mar, com a expectativa de recepcionar algo em torno de 8 mil foliões.

Logo nos primeiros momentos, o registro de um rapaz amparado por medida protetiva expedida pelo Poder Judiciário foi localizado entre os foliões. Não houve registro de atos ilícitos, mas o rapaz foi detido e assinou termo circunstanciado na própria viatura e foi liberado. “Era para ele estar em casa”, explica o tenente-coronel Eduardo Brandão, comandante do Batalhão de Políciamento Turístico (BPTur).

O termo será enviado para o Poder Judiciário e o rapaz fica sujeito a perder o direito à liberdade, dependerá do entendimento do juiz, conforme explica o tenente-coronel.

 

 

por Cassia Santana