Um ônibus com bandeirinhas, balão, chita e muito forró pé-de-serra. É a Marinete do Forró, que há
cinco anos circula pela capital sergipana durante os festejos juninos. O objetivo da marinte é mostrar aos turistas os principais pontos da cidade, num passeio pela cultura sergipana e pela história da Aracaju, que está comemorando aniversário de 150 anos. Trio pé-de-serra anima marinete
Ângela Jacira, empresária e baiana de Salvador, esteve em Aracaju algumas vezes, mas nunca tinha experimentado um passeio na marinete. “Adorei a idéia. Fiquei encantada logo que entrei neste ônibus”, revela a turista, observando em cada detalhe da Marinete do Forró.
Também tem aracajuano que não perde o passeio de marinete. É o caso da empresária Aricélia Matos. “Venho todos os anos e trago meus filho. Sérgio Luiz tem 2 anos, mas desde que eu estava grávida, ele me acompanha”.
PERCURSO – Este ano, a marinte começou a circula no dia 18 de junho e vai até o dia 29. A novidade foi o percurso. Em vez de sair do Hotel Parque dos Coqueiros em direção ao Mirante da 13 de Julho, o passeio agora parte do Quality Hotel, às 14h, passa por todos os hotéis da orla, sendo o último o Parque dos Coqueiros. Depois volta pela orla e segue em direção ao mirante. “Assim garantimos mais comodidade ao turista, porque até o ano passado nós parávamos na calçada da praia. Eles tinham que sair do hotel em que estavam hospedados e atravessar a rua. Agora paramos do lado do hotel”, explica Elna Melo, guia de turismo.
Os pontos turísticos visitados são o Mirante da 13 de Julho, Ponte do Imperador, Mercados Municipais Thales Ferras e Antônio Franco, Orla do Bairro Industrial, Colina do Santo Antônio e Praças Olímpio Campos e Fausto Cardoso. O trajeto dura, em média, quatro horas.
FORRÓ – A música da Marinete fica por conta do trio de forró pé-de-serra, comandado por Robertinho dos Oito Baixos. Filho de Clemilda e Gerson Filho, o sanfoneiro é presença certa na Marinete todos os anos. “É mais cansativo tocar no ônibus do que fazer shows em palco, porque o espaço é menor e, como ficamos de pé, o balanço do ônibus às vezes atrapalha”, diz Robertinho, acrescentando que, apesar do balanço da marinete, faz seu trabalho com amor e isso é gratificante.
Por Paloma Abdalah e Márcia Santos
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