Morte de Domingos: ‘elenco se misturava com ribeirinhos’

Turismólogo mostra imagem com atriz Dira Paes e lembra que elenco tinha uma ótima relação com a comunidade (Fotos: Facebook) "Eles são pessoas que se misturam com o povo da região", afirma Genilson

O turismólogo Genilson Ramos Aragão é um dos organizadores de uma grande homenagem que acontece nesta quarta-feira, 21, no município de Canindé do São Francisco, local onde o ator Domingos Montagner, de 54 anos, gravava cenas da novela da Rede Globo, Velho Chico, e morreu vítima de afogamento. A homenagem será iniciada a partir das 14h na Prainha Beira Rio, onde ocorrerão manifestações artísticas, e seguirá com a missa prevista para as 17h.

De acordo com Genilson Ramos a homenagem ao ator foi uma vontade de toda comunidade ribeirinha. “As pessoas ficaram muito consternadas com a morte dele e por isso resolvemos fazer essa homenagem que terminará com uma missa. Toda a comunidade ribeirinha estava muito próxima aos atores, na verdade todo elenco da novela já andava pelas ruas muito a vontade. No primeiro momento teve aquela admiração, em relação a serem atores de novela, mas depois eles de uma forma muito simples conquistaram a comunidade. Eles já faziam parte do povo”, lembra o turismólogo que fala da relação com o ator Domingos Montagner.

“Em relação ao Domingos Montagner em especial ele compreendeu a alma das comunidades ribeirinhas e nos presenteou com personagens que ficaram guardados nos corações. Por isso, queremos mostrar que a arte é infinita, sabemos que o artista como matéria se foi, mas a alma é eterna. A homenagem é a forma que a comunidade encontrou para agradecer ao ator que deu vida a personagens emblemáticos da nossa cultura como o cangaceiro em Cordel Encantado e o vaqueiro talentoso em Velho Chico”, fala Genilson Ramos que se lembra de histórias que guardará na sua memória.

“Por muitas vezes estávamos eu o Chico Diaz, Rodrigo Santoro e o Domingos Montagner fazendo a cuia, que na linguagem de pescadores quer dizer, sentar para contar piada e bater papo. Eles são pessoas que se misturam com o povo da região, se identificaram com o povo”, conta.

Por Kátia Susanna