Feira foi aberta na tarde desta sexta-feira, 6 (Fotos: Portal Infonet) |
Foi aberta no final da tarde desta sexta-feira, 6, no Parque da Sementeira, a I Feira da Leitura e do Livro de Sergipe (Flise). O evento prossegue até o domingo, 8 no Parque Augusto Franco [Sementeira] com lançamento de obras, contadores de estória, cordelistas, palestras e apresentações culturais. Idealizada por escritores sergipanos com a finalidade de estimular a leitura, a abertura contou principalmente com a participação de estudantes das redes pública e particular de ensino, professores e cerca de 30 autores.
“Nós trouxemos 30 alunos que estão encantados com a feira no parque. É realmente uma oportunidade para essas crianças e um estímulo à leitura. Eles já visitaram vários estandes e gostaram muito. Para a maioria deles, é uma novidade”, ressalta a professora da Escola Municipal Bebé Tiúba, Lindojosy Lobo.
Escritor Robervan Santana |
Segundo o escritor e um dos idealizadores do evento, Robervan Santana, há um desejo por parte dos escritores de ter eventos literários em Sergipe. “Em 2013, eu juntamente com outros escritores a exemplo de Gustavo Aragão, estivemos em Fliporto, lá em Olinda, no Estado de Pernambuco e verificamos que o formato de Feira de Livros deles é bem bucólico, num espaço com muitas árvores e a gente teve a ideia de fazer algo parecido pois na verdade Aracaju nunca teve um evento desses e se conseguirmos reeditar daqui há dois anos, vai ser a bienal de Aracaju”, destaca.
Democratização
Robervan Santana disse enfatizou a participação de escolas públicas e privadas. “Temos uma boa perspectiva, a ideia é a democratização da leitura e do livro, que todos tenham acesso e não só a questão de comprar livros mais em conta, mas participar de rodas de leitura, contação de história. O pessoal da astronomia vai colocar lunetas para a observação do sol e à noite, as pessoas podem fazer visitação ao planetário para observar os planetas”, diz o autor da obra Os Espanhóis de Sergipe Del Rey.
Edise
Professora Lindojosy com os alunos |
Os Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase) levou várias obras publicadas pela Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe (Edise). “A Segrase está trazendo para a Flise, um quantitativo de livros, todos editados pela Edise, com autores de Sergipe, o que pra gente é uma honra participar trazendo a nossa cultura pela feira. A Segrase este ano já publicou 17 livros, num total de 77 em três anos, demonstrando que os escritores sergipanos podem editar seus livros com uma qualidade que não deixa a desejar”, enfatiza o presidente da Segrase, Paulo Sérgio Araújo.
Cordel
No estande de Literatura de Cordel, a escritora Salete Nascimento, disse ter nascido em Nossa Senhor das Dores e cresceu ouvindo o pai Fenelon Soares da Costa [já falecido], lendo livros de cordel.
Cordelista Salete Nascimento
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“Eu cresci com meu pai lendo cordel, ele reunia a família e os amigos para ler e eu cresci vendo e aos cinco anos manifestei a vontade de ler também e ele me ensinou. Veio o instinto de fazer, só que quem fazia era homem, eu fiquei frustrada e castrada muitos anos e somente em 2002 eu estava com um cordel pronto e decidi lançar. Tenho 111 exemplares e meus cordéis falam de tudo: ficção, aventura, história e eu mantenho a cultura herdada do meu pai”, relata acrescentando ter dois filhos poetas.
Por Aldaci de Souza
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