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O juíz Anselmo de Oliveira (à esq) e o advogado Domingos Pascoal (Fotos: Portal Infonet) |
Criada em 1929, a Academia Sergipana de Letras (ASL) tem um papel de fomentadora da cultura local. Ela passa a ser um espaço democrático, cujo objetivo é o cultivo da língua e literatura do povo sergipano.
Na tentativa de difundir a literatura, diversas Academias estão sendo criadas no interior do estado, totalizando por enquanto cinco em 2013. Dia 19 de abril será criada a Academia de Letras de Lagarto e no dia 4 de maio será a vez de Estância que se somará as já existentes de Nossa Senhora da Glória, Tobias Barreto e Itabaiana. A fundação das Academias segue as diretrizes do programa de interiorização da ASL.
O membro da cadeira de número 21 da Academia Sergipana de Letras, o juiz José Anselmo de Oliveira, destaca a importância de levar a academia para outros municípios sergipanos. “A grande caminhada da Academia Sergipana de Letra foi estimular que as cidades sergipanas se organizasse culturalmente, intelectualmente e criasse suas academias. Isso acho que também é o papel da academia. Quanto mais entidades culturais existirem, melhor para a própria cultura do estado”, se orgulha.
Apesar da difusão, o imortal que ocupa a cadeira de número 17, o advogado Domingos Pascoal de Melo entende que é preciso uma maior visibilidade da Academia. “O que acontece é que a academia é um pouco lacrada. Elas são herméticas e isso eu creio que a comunidade tem que participar e frequentar mais. Eu acho que a academia deve sair mais para as escolas e para as universidades e lá ele se mostrar mais”, acredita.
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Em 2013, Sergipe pasará a contar com cinco Academias de Letras |
Na ótica do juiz Anselmo de Oliveira, apesar dos benefícios para a divulgação da cultura local, nem sempre o trabalho desenvolvido na Academia é valorizado. “Nem toda sociedade tem interesse em visitar a Academia porque é muito mais fácil ouvir Ivete Sangalo do que um discurso acadêmico. É muito melhor o camarada às vezes assistir uma novela da Globo porque tem moça bonita do que ouvir um poeta declamando. Há esse aspecto, mas eu tenho que reconhecer que o trabalho intelectual ele é muitas vezes solitário e elitista, por isso que as Academias tem essa carga, mas isso não é um defeito, porque se não houvesse isso, essa cultura produzida não ficaria preservada”, defende.
O advogado Domingos Pascoal também defende que é preciso um maior incentivo por parte da família. “Desde pequeno a gente para de pensar. O pai não lê mais com o filho, o pai não conta mais a historia com o filho quem conta é a televisão e a internet. Isso vai criando uma pessoa sem pensar”, diz.
Participação
A ASL é composta por 40 membros, ocupadas não somente por literatos, mas também por cientistas, magistrados, homens da arte, dentre outros. Ao ser eleito e fazer parte da ASL, o escolhido fará um resgate do imortal ao qual ele ocupa a cadeira.
“Cada acadêmico vai fazer um estudo do patrono, ou seja, o acadêmico toma posse e vai fazer um trabalho sobre o patrono dele, isso já é um resgate. Mas já tem outros escritores, poetisas que vão ser patronos, nesse caso, essa pessoa vai preparar uma monografia própria que pode se transformar em livro e será fonte de pesquisa”, descreve Domingos.
Por Aisla Vasconcelos
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