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Peças são expostas no Museu (Foto: Ascom / Secult) |
Móveis, estatuetas, máscaras, tecelagens e demais instrumentos africanos estarão expostos até o dia 31 de março no Museu Afro-brasileiro de Sergipe através da exposição ‘Arte in África’. Os objetos pertencem a Guga Viana, colecionador que também assina a curadoria. Ele trouxe todas as peças do continente africano.
Tradicional por seu grande número de peças que remontam o período da escravidão e do período colonial do país, o Museu Afro-brasileiro busca, através desta mostra, apresentar ao público um pouco da arte e dos rituais africanos que são realizados até hoje naquele continente.
A exposição é composta por peças que estão há mais de 20 anos em um acervo particular de Guga, e que ele sempre disponibiliza às unidades museais de Sergipe. “Levar essa exposição para o Museu Afro era algo quase que imprescindível, visto que ela dialoga perfeitamente com o seu acervo”, informa Sayonara Viana, que é a coordenadora de Museus da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), pasta que cuida da gestão do Museu Afro.
Guga Viana, por sua vez, completa que a construção deste acervo se deu após ele estudar de História da Arte na França e conhecer de perto um pouco da riqueza da arte e da história africana. “Essa mostra já passou por vários museus e hoje está em um lugar que poderia até mesmo ficar. Lá, encontram-se peças dos séculos XVII, XVIII e XIX de países como Senagal, Costa do Marfim e Benin, que foram os locais por onde morei”, completa.
Para Guga, a exposição desperta ainda mais uma discussão importante que diz respeito a educação Afro, que deveria estar mais presente nas escolas brasileiras.
Turistas encantados
Nos primeiros meses do ano a movimentação turística no Estado cresce consideravelmente e as visitações aos museus também ganham com esse crescimento. No museu Afro, em Laranjeiras, alguns grupos são guiados por agências de turismo, que aproveitam a alta estação para mostrar além das riquezas naturais, um pouco da história do Estado.
Mário Jorge, que é agente de turismo desde 2002 e que guiava o grupo à cidade histórica, destaca que o número de visitantes que se interessam em conhecer os sítios históricos é grande, e que eles sempre saem encantados com o vêem. “São pessoas que se interessam de verdade pela história dos locais que visitam e sempre gostam de ver o que temos em nossos museus, seja aqui em Laranjeiras, São Cristóvão ou em Aracaju”, frisa.
Este é o caso da estudante paulistana Juliana Scaglion, de 18 anos e que passou uma semana no Estado. Para ela, conhecer os atrativos históricos dos locais por onde viaja, é fundamental. “Estou adorando tudo em Sergipe. É um local com grandes belezas naturais e atrativos históricos legais. Este museu e esta exposição, em particular, estão interessantes”, afirmou a jovem que viajava com a família.
Já o funcionário público Vantuir de Fátima, que é mineiro de Belo Horizonte, aproveitou a visita ao Museu para conhecer a história africana. “Nunca tinha visto nenhuma dessas peças e fiquei muito impressionado com a riqueza desse acervo africano”, completou.
Fonte: Secult