Na crise, primeira medida é cortar festa, diz Edvaldo

Edvaldo explica os motivos pelos quais não terá Forró Caju

O prefeito Edvaldo Nogueira convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 15, para explicar as razões pelas quais não irá realizar o Forró Caju. Em seu discurso, o gestor disse que não iria tirar R$1 da prefeitura para investir na festa. "Quando a gente tá em crise, a primeira coisa que faz é cortar festa", diz. 

Nogueira explicou o percurso para a decisão: primeiro, uma emenda de R$ 4 milhões foi conseguida deputado federal Fábio Reis, mas, em seguida, foi negada pelo Governo Federal sob a alegação de contingenciamento.

Logo após, o líder do Governo na Câmara André Moura conseguiu a emenda no valor de R$ 1,5 milhão, que viria do Ministério da Cultura para o Governo Estadual e depois seria repassada à prefeitura. Porém, até às 13h de hoje não havia confirmação do valor no Portal de Convênios do Governo Federal.

De acordo com o prefeito, poderia ser que a emenda fosse cadastrada entre os dias 20 e 22, mas, segundo ele, já seria tarde para organizar estrutura e artistas para o evento por falta de tempo e recursos disponíveis na prefeitura, mesmo que fosse para reembolso – uma opção já descartada por Edvaldo. “Eu afirmei que só faria a festa com recursos em caixa”, reforçou.

"Se eu tivesse R$3 milhões hoje, iria tapar os buracos da cidade e não fazer Forró Caju", destacou. Ele ainda declarou que, da última edição da festa, restou uma dívida de R$ 2 milhões.

Além disso, segundo o prefeito, o Ministério da Educação detectou a falta de recursos investidos na educação aracajuana na última gestão e emitiu uma notificação à PMA impedindo o órgão de receber repasses voluntários da União.

Quanto ao Forró Caju de 2018, Edvaldo afirmou que já começará a planejar a festa no próximo mês de julho.

Por Jéssica França