Torce, burila, sublima, sem rima
O menino dos olhos arregalados e pasmos.
Menino construtor, que feito edifício de concreto, constrói
A frase em verso milimetricamente pensado,
Impregnado de palavras sentidas e multifacetadas.
Agora, ele quer cobras sem rima, porém
brEmbaladas por um psico-ritmo frenético,
Que brota do silêncio nervoso do menino sintético
Dos olhos arregalados e pasmos,
Que aparentemente tranqüilo, prostra-se numa janela quieta,
Ensimesmada, para ver o caos do mundo distraído.
Caso as rimas lhe apareçam, são bem vindas.
Porém se não lhe vierem visitar, manda-lhes lembranças,
Posto que acredita que o solar ritmo, que sonda os animus –
dele e os das palavras – jamais os deixará de aquecer e iluminar.
Por Gustavo Aragão
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