Ele é Evando Santos, 51 anos, mas pode chamá-lo de ‘Homem Livro’ que ele adora. Seu compromisso em levar a literatura aos olhos daqueles que têm pouco acesso à leitura começou em 17 de julho de 98, em um lugar pitoresco: uma loja de peças para automóveis na capital fluminense. Biblioteca Tobias Barreto Ele encontrou 50 livros no balcão e logo surgiu a idéia de criar uma biblioteca diferente, que fugisse do convencional. Então criou a Biblioteca Tobias Barreto, na Vila da Penha, subúrbio do Rio. O diferencial deste estabelecimento para os outros está na distribuição dos livros aos leitores. Das parcerias com editoras e transportadoras, saem obras didáticas e literárias para todo o País. Só para Sergipe, foram quase 15 mil livros. “Enviei 2.700 livros para minha cidade de Aquidabã. Hoje ela pode se orgulhar de ter o melhor acervo de língua inglesa da região”, conta. A recompensa O ‘Homem Livro’ é presença requisitada em eventos como a 3ª Feira do Livro de Sergipe. No município carioca, realizou quatro arrastões em prol da leitura na avenida Atlântica e recentemente, em Salvador, transformou a praça do Campo Grande, famoso local do carnaval baiano, na grande folia da literatura. A pedido do homenageado, essa reportagem é encerrada com uma frase de Tobias Barreto que é o lema de seu projeto: “Fazer o bem sobre a Terra é a beleza suprema, tem mais luz do que um poema, vale mais do que um troféu”. Por Glauco Vinícius e Carla Sousa
Desde 1998, crianças carentes de pequenas cidades do Brasil receberam 60 mil livros e revistas de um projeto com sede no Rio de Janeiro. Nessa história há um grande motivo de orgulho para Sergipe: foi um pedreiro, filho da terra, natural do município de Aquidabã, que deu o pontapé inicial nessa verdadeira lição de cidadania. Traje usado por Evando faz referência a um super-herói (Foto: Glauco Vinícius)
“Não existe ficha nem data para devolução. Se a pessoa devolve o livro em uma semana, bom; se devolve em um mês, bom; se ela nunca mais voltar para devolver, fazemos uma festa, porque ela gostou do livro”, explica o bem humorado sergipano. Crianças se empolgam ao ver o Homem Livro
O pedreiro de Sergipe que mora há 35 anos no Rio de Janeiro só aprendeu a ler na idade adulta. Questionado sobre sua maior recompensa pela biblioteca comunitária, ele dá uma resposta previsível, mas carregada de emoção. “Ver a esperança brilhar nos olhos das crianças ao lerem um livro”, finalizou. Ele está presente na 3ª Feira do Livro de Sergipe
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