Ação focou três editais voltados a cultura afro-brasileira (Fotos: Fabiana Costa/Secult) |
Reunidos na Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), em Aracaju, agentes culturais de Sergipe participaram na tarde desta quarta-feira, 22, de uma oficina de orientação para editais relacionados à cultura afro-brasileira. O evento, gratuito, foi realizado pelas representações regionais da Fundação Cultural Palmares (FCP) e do Ministério da Cultura (MinC) na Bahia e em Sergipe, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
A atividade focou três editais abertos atualmente: o 3º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, o Prêmio de Culturas Afro-brasileiras e a Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros.
O ministrante da oficina, o representante regional da FCP, Fábio de Santana, explicou que as seleções são frutos de uma demanda por ações afirmativas no campo da cultura. “É um ganho dos movimentos negros, dos artistas, dos produtores e dos grupos que lutaram para que houvesse essa política afirmativa dentro do Ministério da Cultura”, afirmou. “Os artistas ou produtores negros desenvolvem seu trabalho, mas muitas vezes não são protagonistas na execução, não acessam as verbas públicas”, justificou o representante.
Evento ocorreu nesta quarta-feira, 22 |
De acordo com Santana, a oficina tem o objetivo de apresentar as oportunidades e estabelecer um diálogo com os agentes culturais. “A ideia é basicamente apresentar e tirar dúvidas. Mas também tem essa mobilização para que os produtores possam se inscrever e concorrer, e faz com que a gente conheça e converse com as pessoas para que elas tragam sugestões para os próximos editais”, expôs.
Presente durante o evento, a professora universitária Rosana Eduardo considerou útil o formato da iniciativa. “É uma maneira mais didática de conhecer e de propor algumas coisas. Serve não só para esses editais propostos, mas é também uma experiência, um aprendizado pra nós”, avaliou. Segundo a professora da área de Turismo, estudantes do curso podem se beneficiar com as seleções. “A cultura e o Turismo tem uma relação muito forte. Os alunos podem ser produtores culturais. E é fundamental dar a cara do Nordeste, do Brasil, com a questão da etnicidade em vários campos: artesanato, culinária, manifestações culturais”.
Editais abertos
A oficina também contou com a presença do representante regional do MinC, Carlos Henrique Chenaud, que pôde tirar dúvidas a respeito das iniciativas disponíveis no campo da cultura.
“O Ministério da Cultura está contando com oito editais abertos atualmente. É um momento muito bom para a cultura no âmbito do Governo Federal”, comemorou. “Além desses três editais voltados especificamente para a cultura negra, temos o 3º Prêmio de Culturas Ciganas, com investimentos de aproximadamente R$ 860 mil para 60 projetos, e mais quatro editais na área da educação”, ilustrou.
As seleções que dialogam com o campo da educação são os editais Mais Cultura nas Universidade, Escola: Lugar de Brincadeira, Conexão Cultura Brasil Intercâmbios e Comunica Diversidade: Edição Juventude. As premiações somam uma grande quantia em investimentos: apenas o Mais Cultura nas Universidades prevê um aporte de R$ 20 milhões.
Premiações
O 3º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras é uma realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (CADON) e tem como objetivo acolher produções de estética negra nas modalidades teatro, dança, artes visuais e música. O prazo de inscrição termina no dia 3 de novembro.
Serão selecionados 20 projetos, que dividirão recursos de R$ 1,4 milhão. Cada uma das cinco regiões do país – Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste – será contemplada com quatro premiados. Os apoios variam entre valores brutos de até R$ 40 mil, para projetos de artes visuais, e de até R$ 80 mil, para outros tipos de expressão.
Já o Prêmio de Culturas Afro-brasileiras é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) e a Fundação Cultural Palmares (FCP). Seu objetivo é reconhecer a cultura negra através do apoio às iniciativas de grupos que a disseminam. As inscrições são aceitas até o dia 6 de novembro.
O prêmio vai selecionar 60 projetos e distribuir recursos de R$ 2,5 milhões entre eles. Cada iniciativa receberá R$ 40 mil. O edital prevê três categorias, cada uma com 20 premiados: Iniciativa Cultural Quilombola, Iniciativa Cultural de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Iniciativa Cultural de Coletivos Culturais Negros.
A Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros, por sua vez, teve seu edital prorrogado até o dia 3 de novembro, o evento também abordou esse edital. O edital prevê um investimento total de R$ 4 milhões em 45 projetos – as premiações variam entre R$ 30 mil e R$ 150 mil. Os projetos podem estar vinculados às áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro, preservação da memória e artes integradas.
Fonte: Ascom/Secult
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