Ópera do Milho reestréia com louvores do público

A arquibancada do Centro de Criatividade ficou pequena para acolher tantas pessoas que foram prestigiar a reestréia da Ópera do Milho. Criado em 1996, o espetáculo conta a história de Mariazinha, que ficou grávida do namorado, que por sua vez tinha outras namoradas… A movimentação dos atores, o figurino, as máscaras e a trilha sonora chamaram a atenção do público, que deu boas risadas com a história do noivo perseguido pelo sogro.

 

Até Santo Antônio, São João e São Pedro são convocados para resolver o impasse. Na trama não faltam as comadres faladeiras, as amigas do noivo e da noiva, as viúvas intrometidas, as mães possessivas e até o magro cachorro. Segundo o diretor e encenador da Ópera, Moncho Rodriguez, o mote do espetáculo é a busca de uma identidade própria, de vocabulários e linguagens que pudessem expressar o universo do homem nordestino.

 

Contando com 53 atores, seis cantores, entre eles Irineu Fontes e Rubens Lisboa, e quatro contra-regras, os ensaios começaram, acreditem, há apenas 20 dias. Para Aglaé Fontes um verdadeiro milagre. O resultado foi mais do que esperado. Ela, que é diretora do Centro de Criatividade, assistiu ao espetáculo sorrindo e batendo palmas, atenta a todos os detalhes. No final o público aplaudiu de pé e o que se viu foram atores chorando emocionados e abraçando a professora Aglaé.

 

A administradora Terezinha foi com as sobrinhas ver a Ópera do Milho
Para a administradora Terezinha Araújo, que levou as duas sobrinhas para ver o espetáculo, não poderia haver melhor programa para o São João. “O lugar é muito agradável, as máscaras, a música e a indumentária belíssimas”, elogiou. A sobrinha Ísis, de 11 anos, também aprovou e nem percebeu que foram 50 minutos de apresentação. “A parte do noivo é a mais engraçada”. Já para Laís, de 14 anos, o que chamou mais a atenção foi a interpretação dos atores.

 

Na platéia também estavam atores, o secretário de Estado da Cultura, José Carlos Teixeira e Luiz Antônio Barreto, que promoveu a primeira edição da Ópera do Milho. “É a melhor contribuição que Sergipe já deu para a dramaturgia. É o povo vendo suas próprias tradições”, enfatizou Barreto.

 

REPETECO – Quem perdeu a reestréia da Ópera do Milho não precisa se preocupar. Ela será encenada novamente hoje, sábado, no mesmo local, às 21 horas. Amanhã, vai para orla, na Vila do Forró, também às 21 horas. Lembrando que a entrada é gratuita. “Muita gente ligou para saber se era pago, saber o horário. Fiquei admirada”, disse satisfeita Aglaé.

 

Aglaé Fontes viu tudo muito satisfeita
RENASCIMENTO – Arranca Unha é o nome do arraial organizado pelo Centro de Criatividade, mas que nasceu, há 20 anos, através da organização de moradores do bairro Cirurgia. Aglaé explicou que o Centro de Criatividade resgatou, este ano, a história cultural do bairro. “Infelizmente, encontramos o Centro de Criatividade completamente destruído pedagogicamente e estruturalmente”, lamentou. O local, que ficou praticamente fechado durante oito anos, passou um ano em reforma e foi reaberto no último dia 6.

 

Por Janaina Cruz

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