Totalmente filmado em Sergipe, o novo longo do diretor Paulo Thiago estréia nacionalmente nesta segunda-feira, 29, com festa de lançamento em Aracaju. Na entrevista coletiva dada na manhã de hoje, atores, diretor, produtora e o próprio maestro Mozart Vieira destacaram a importância do Estado para a realização do filme.
“O povo sergipano é generoso e responsável. Se não fosse por vocês, esse filme não teria saído”, disse a produtora Gláucia Camargos. As cidades escolhidas como locações foram Santo Amaro, Laranjeiras, São Cristóvão e Aracaju. Embora a história
real do maestro se passe no interior de Pernambuco, o diretor Paulo Thiago explica que não filmar lá foi uma escolha. Paulo Thiago (esq) e Mozart Vieira
“A história do Mozart é emblemática do Nordeste, poderia ter se passado em qualquer cidade”, disse. Ele conta que conheceu a história do maestro em 1995, mas só em 2000 foi conhecê-lo pessoalmente. “Quando cheguei na fundação, vi aqueles meninos sentados no jardim, no meio do sertão, tocando Bach. Eu chorei”, relembrou Paulo Thiago. “O filme nasceu desse sentimento”, resume.
Sergipanos Cladson Matos vive o garoto Josenildo
Cladson Matos, um dos jovens atores sergipanos que aparecem no filme, fala de um sentimento parecido ao ver o seu trabalho finalizado. “Me emocionei muito hoje ouvindo as pessoas falarem do nosso trabalho, reencontrando todo o pessoal com que trabalhei no filme”, conta. Por conta de seu papel no filme, um dos alunos do maestro, ele passou a fazer aulas de saxofone e já sonha em prestar vestibular para Audiovisual na Universidade Federal de Sergipe.
“O filme abriu novas possibilidades para os pequenos atores sergipanos”, acrescentou a secretária de Estado da Comunicação. O já veterano ator sergipano
Orlando Vieira destacou a importância do filme para a produção do Estado. “É um marco para o cinema sergipano. É um orgulho para nós”, afirma. Othon Bastos, Gláucia Camargos e Murilo Rosa
O filme
Orquestra dos Meninos conta a história do maestro e professor de música Mozart Vieira, vivido por Murilo Rosa. Na década de 90 ele foi injustamente acusado de seqüestrar um dos alunos do projeto social capitaneado por ele e sua esposa, Creuza. “É muito perigoso fazer o bem”, ponderou o maestro na entrevista coletiva.
Apesar de todas essas e outras dificuldades Mozart conta que até hoje o projeto continua sendo
tocado por eles no interior de Pernambuco, atualmente tendo 200 alunos de 7 a 18 anos. “Hoje temos as mesmas dificuldades que tínhamos em 1978, quando começamos”, conta. A fundação só recebe apoio de duas instituições francesas. Orlando Vieira participa de seu 14º filme
“Não recebemos apoio de governo nem municipal, nem estadual, nem federal. No mês passado o telefone foi cortado por falta de pagamento”, disse. O maestro relembrou que a sua relação com Sergipe começou muito antes do filme. “A primeira vez que nossa Orquestra tocou em outro Estado foi no Festival Cultural de São Cristóvão, em 1985”, lembrou.
O filme entra em cartaz nos cinemas nacionias no dia 7 de novembro. Clique aqui e confira o trailler.
Por Gabriela Amorim
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