Orsse apresentará o Concerto “Conexões Brasil – Portugal” no TTB

Na próxima quarta-feira, 22, às 20h, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) retorna ao Teatro Tobias Barreto para apresentar o concerto “Conexões Brasil – Portugal”. Sob a regência do maestro convidado Daniel Nery, a Orsse promete uma noite de música e cultura, destacando as conexões musicais entre os dois países irmãos. O destaque do concerto será a estreia brasileira da peça “Noites nas Ruas da Mouraria”, do compositor português Ruy Coelho, com solos do pianista Bernardo Santos, com sólida carreira internacional. Completa o programa, a romântica Sinfonia nº 5, em Mi menor, de Tchaikovsky. Os ingressos para o concerto estão disponíveis na bilheteria do Teatro Tobias Barreto, a preços populares. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe.

Composta em 1944, como encomenda do Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional de Portugal, a obra “Noites nas Ruas da Mouraria” foi uma inovação de Ruy Coelho dentro do estilo concertante, na medida em que apresenta também um subtítulo para a obra – Quadros Sinfónicos, assim como um título para cada movimento: “As mulheres dançam à noite às portas”, “O luar sobre as velhas casas” e “Mouraria”. A principal inspiração desta obra surge mencionada no seu nome: o bairro lisboeta da Mouraria, considerado por muitos como um dos locais mais multiculturais da capital portuguesa. Nada mais adequado do que esta peça ser interpretada pelo pianista português Bernardo Santos, adicionando sua destreza e paixão ao programa.

O maestro Daniel Nery compartilha sua perspectiva. “Este concerto é uma celebração das conexões culturais e musicais entre o Brasil e Portugal. A estreia de ‘Noites nas Ruas da Mouraria’ e a contribuição de Bernardo Santos tornam esta noite verdadeiramente especial, além disso, a execução desta peça pela Orsse marcará a primeira audição contemporânea da peça desde os anos 50”.

Além da estreia de Ruy Coelho, o programa inclui a Sinfonia Nº 5 em Mi menor, op. 64 de Piotr Ilitch Tchaikovsky, uma obra reconhecida e apreciada pelo público como um dos grandes pilares da música sinfônica.

Sobre o maestro

Doutor em música pela Universidade de Aveiro, Portugal, Daniel Nery é professor de regência na Universidade Federal de Sergipe, e é Bacharel e Mestre pela Unesp. Têm na sua formação, os seguintes nomes da regência orquestral e coral: Isaac Karabtchevsky, Roberto Tibiriçá, Johannes Schlaefli (Suíça), Fábio Mechetti, Abel Rocha e Samuel Kerr. Já esteve à frente de importantes orquestras como a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Na Europa dirigiu a Filarmonia das Beiras em Portugal, Berlin Sinfonietta na Alemanha e RNCM Orchestra no Reino Unido. Premiado no I Concurso Carlos Gomes para Jovens Regentes, Nery foi também maestro adjunto da Orquestra Sinfônica de Sergipe, onde promoveu, juntamente com Guilherme Mannis, o desenvolvimento de concertos pelo interior do estado de Sergipe e a popularização do acesso à música de concerto. Foi também responsável pela concepção do projeto social Orquestra Jovem de Sergipe, proporcionando ensino musical a centenas de jovens em vulnerabilidade social de Aracaju.

Sobre o solista

Bernardo Santos tem se apresentado regularmente em concertos a solo, em música de câmara e com orquestra em mais de vinte países, em salas como a Casa da Música, Convento de São Francisco, Teatro da Trindade e Teatro Rivoli, em Portugal; Tonhalle Düsseldorf, National Concert Hall, em Dublin; Fairfield Halls e St. James Piccadilly Church, em Londres; Sala São Paulo, Sala Cecília Meireles, Teatro Amazonas e Palácio das Artes no Brasil, Sala Sudasiri Sobha, na Tailândia; Teatro Degollado, no México, entre outras, sendo convidado regular em festivais na Europa, América do Sul e Ásia. Além disso, conta com vários concertos transmitidos gravados para a rádio Antena 2, Rádio MEC e destaque de gravações suas na rádio colombiana Señal Clásica e na Classic FM. No The Guardian, foi descrito como um prodígio virtuoso.

Fonte: Funcap