Orsse atraiu cerca de 30 mil pessoas durante temporada

Orsse atraiu cerca de 30 mil espectadores em sua última temporada (Foto: Fabiana Costa/Secult)

Formação de plateia, concertos com músicos e regentes renomados e, principalmente, disseminação da música clássica em Sergipe. Esses foram os principais resultados da temporada 2012 de concertos da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), que fechou o ano com muitas conquistas, fôlego renovado e contribuindo para a consolidação da política cultural da gestão de Marcelo Déda à frente do Governo do Estado.

Mantida pelo Poder Executivo Estadual, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio do Instituto Banese e apoio da Segrase, a Orsse realizou a cada apresentação um espetáculo de profissionalismo e de aprimoramento musical, surpreendendo o público e a crítica especializada.

Cerca de 50 apresentações, sendo 16 no Teatro Tobias Barreto, cinco no Teatro Atheneu, concertos de aperfeiçoamento de câmara, além de dezenas de apresentações na Catedral Metropolitana de Aracaju e em muitas igrejas do interior, reuniram, aproximadamente, 30 mil espectadores para o grupo. “Este ano foi mais uma vez, muito marcante para a consolidação da orquestra frente a seu público”, destacou o diretor artístico e maestro titular da Orsse, Guilherme Mannis.

Intercâmbio musical

Um detalhe que merece destaque na temporada 2012 da Orsse é a consolidação da presença de grandes músicos e regentes do cenário artístico mundial, que vieram a Sergipe para apresentações com o grupo. Nomes como Carlos Prazeres, Nurham Arman, Helder Trefzger, Piotr Borkowski, Francesco La Vecchia, Isaac Karabtchevsky, Marcelo De Jesus e Jesús Medina participaram dos concertos da sinfônica sergipana no ano passado.

De acordo com Mannis, a presença desses convidados representa uma forma de expor novas ideias e pontos de vista musicais. “A série de maestros convidados forneceu uma maior maleabilidade musical à orquestra, que cresce musicalmente a cada ano, e os convidados atestam este crescimento. Hoje a Orsse tem a sua personalidade artística, sua sonoridade”, observa o regente.

Além dos regentes, músicos convidados também complementaram os concertos, e deixaram as apresentações ainda mais encantadoras. Entre os nomes que atuaram junto a Orsse estão os pianistas Manoel Júnior, Karin Fernandes e Ricardo Castro, os violinistas Luíz Fílip e Gabriela Queiroz, o clarinetista Luís Afonso Montanha, e muitos outros.

Além da vinda de muitos músicos e regentes a Sergipe para tocar com a Orsse, o maestro titular do grupo, Guilherme Mannis, que foi convidado a reger a Amazonas Filarmônica,  a Filarmônica do Espírito Santo, a Sinfônica do Paraná, e Sinfônica Provincial de Rosário, na Argentina. “Ainda sob a supervisão do maestro Isaac Karabtchevsky, regi a World Youth Orchestra, em Riva del Garda, na Itália e em 2013 já tenho o convite para reger a Sinfônica de Monterrey, no México”, completa o regente.

Apresentações marcantes

Três apresentações também fizeram história na temporada 2012. A primeira delas aconteceu no dia 5 de julho, com o concerto realizado em homenagem a Tobias Barreto. Na ocasião foi realizada a estreia da música ‘Quatro Canções sobre poemas de Tobias Barreto’, do compositor mineiro Cláudio de Freitas, escrita especialmente para a Orsse.

Entre o público que prestigiou a estreia a sensação era de amor pela sua terra. O aposentado Helcio Ferreira, por exemplo, sempre que pode comparece a Orsse. Ele conta que considera a sinfônica um grande patrimônio do povo sergipano. “Esta estreia então é um espetáculo a parte que a nossa orquestra nos proporciona”, observou na ocasião.

Outro momento importante da temporada foi o concerto que teve como tema ‘Cine Orquestra – Grandes Trilhas Sonoras do Cinema Mundial’.  Nele, foram apresentadas grandes trilhas sonoras de Holywood, como Raiders March, do filme Indiana Jones; Superman; a suíte Star Wars; a Lista de Schindler, Harry Potter, Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel, de Howard Shore; Por Una Cabeza (Perfume de Mulher) de Carlos Gardel e Piratas do Caribe, de Klaus Badelt.

Na noite em que comemorou 27 anos de fundação, a Orquestra brindou o público com a execução da Ópera Tosca, de Giácomo Puccini, surpreendendo o público com um show de interpretação de uma das mais importantes peças clássicas do mundo. Guilherme Mannis ressalta que a regularidade do grupo foi fundamental para a qualidade dos concertos do ano.

“Houve momentos emocionantes, como a apresentação da ópera Tosca, as presenças de artistas como Isaac Karabtchevsky e Wagner Tiso, bem como a participação de grandes solistas. No entanto, o que foi mais gratificante foi perceber uma orquestra caminhando para a maturidade, sem medo de desafios e com excelentes resultados a cada concerto”, completa.

Parcerias consolidadas

Toda a temporada de sucesso da Orquestra Sinfônica não seria possível sem o incessante apoio do Banese e do Instituto Banese, grandes parceiros da Orsse ao longo de vários anos. E essa relação será ainda mais estreitada em 2013, com a conquista do selo da Lei Rouanet, adquirida na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC).

Segundo a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, é com muita alegria que o Governo do Estado realizará mais uma temporada de sucesso para a Orquestra Sinfônica de Sergipe, ressaltando o talento dos músicos presentes no grupo e mostrando essa habilidade para o povo sergipano.

“A Orsse é um grande patrimônio do povo de Sergipe, que cresce a cada ano e ganha destaque a cada temporada. Em 2012 tivemos pleno sucesso e temos certeza que no próximo ano, com a conquista do selo da Lei Rouanet, ela se destacará ainda mais em Sergipe e em todo o país”, analisa a secretária.

Fonte: ASN