Orsse celebra a Páscoa com música do romantismo francês e alemão

Concerto ocorre dia 2 (Foto: Funcap/SE)

No dia 02 de abril, sexta-feira da Paixão, a Orquestra Sinfônica de Sergipe apresentará um episódio especial de sua Temporada Digital de concertos. Diretamente do palco do Teatro Tobias Barreto, dois grupos camerísticos, em formações distintas, interpretarão importantes obras do repertório romântico, com ênfase na homenagem ao centenário de falecimento do compositor francês CamilleSaint-Saëns (1835-1921) e na apresentação especial do Quinteto de Sopros em Dó maior, op. 79, de August Klughardt (1847-1902).

O concerto será transmitido pela Aperipê TV, canal 6.1, às 19h, e irá ao ar nas redes sociais da Orsse (Youtube e Facebook, @orquestra.sergipe), às 20h30. A Orsse é uma realização da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), do Governo de Sergipe. O concerto foi inteiramente gravado antes da adoção de medidas mais restritivas contra a Covid-19, e foram utilizados todos os protocolos de segurança sanitária para a prática musical em tempos de pandemia recomendados pelo Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto.

Inicialmente, será apresentado o Septeto, op.65, em Mi bemol maior, do compositor francês Camille Saint-Saëns. Tal qual uma pequena orquestra, a peça reúne uma formação não muito usual: um quinteto de cordas (dois violinos, viola, violoncelo e contrabaixo), um trompete e a participação central do piano, que atua quase como um instrumento solista. Trata-se de uma obra neoclássica do compositor, buscando reviver formas de dança francesas do século XVII, refletindo o interesse de Saint-Saëns nas antigas tradições musicais francesas. O piano terá a interpretação do diretor artístico e regente titular da Orsse, maestro Guilherme Mannis, que também dirige artisticamente a programação da Temporada Digital 2021.

A segunda grande obra do programa será o Quinteto de Sopros em Dó maior, do compositor alemão August Klughardt. O quinteto terá a participação dos instrumentos de sopro – madeiras, da orquestra: flauta, oboé, clarinete e fagote, acrescido de um instrumento de sopro – metal: a trompa. Sobre o compositor, um dos intérpretes do quinteto, o fagotista Luiz Henrique, explica: “Klughardttrabalhou com grandes nomes, como Liszt e Wagner e também era encantado pela escrita de Brahms, cuja produção musical utilizou como modelo de escrita para o quinteto. A peça foi pensada para o público jovem, com as frases bem esculpidas. A maneira com que o compositorusa cada instrumento traz-nos uma sensação confortável ao tocarmos todos os movimentos. É uma peça desafiadora que também nos traz muitas possibilidades de interpretação.”

Segundo o maestro Mannis, a Temporada Digital é o momento de brindar a sociedade com surpresas, em um momento tão complicado pelo qual atravessamos. “Com a adoção de grupos pequenos e seguindo os protocolos, damos continuidade à nossa produção, trazendo ao público peças até então inéditas em Sergipe, capazes de proporcionar aos nossos profissionais uma prática artística valorosa: uma sintonia fina musical. Temos como objetivo atingir a perfeição técnica e estilística, nestes concertos, e estamos com resultados cada vez mais instigantes, compondo uma série de espetáculos digitais digna de representar muito bem o nosso Estado na arte da música clássica. Um alento, e um presente aos sergipanos, em tempos tão revoltos. Que a arte seja um renascimento emocional e espiritual para todos nós.”

Fonte: Funcap/SE

 

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