Os multi-talentos de Júnior

Júnior Versianni. Este nome diz muito quando se fala num profissional multimídia. Desenhista, Ilustrador, Diretor de Arte, Redator, Diretor de Criação, Editor de imagens, Editor de Áudio, Designer Gráfico em 3D/2D, Locutor, Apresentador, Deejay, Produtor/Remixer, Webdesigner, etc. Estas são algumas das funções exercidas por este simpático apresentador, ele também tem um programa de cultura na TV Cidade-Canal 20, o Revista da Cidade. Ele se considera apaixonado por música e computadores com habilidades para desenho desde moleque e sonhava trabalhar em rádio. E como ele mesmo se classifica: “acabei virando um “Frankestein” de profissionais, já que em todas essas áreas citadas acima eu pude trabalhar e aprender um bocado”. Sergipe Cultural – Você é uma pessoa que podemos realmente considerar multimídia. Como foi que se deu esse desenvolvimento de tantos talentos? Júnior Versianni – Bom, tudo começa primeiro a partir da habilidade do desenho que desenvolvi desde criança e que me possibilitou vir para Aracaju e trabalhar numa agência de propaganda enquanto me preparava para o vestibular. Passei no vestibular (Direito-UFS) mas não me interessei pelo curso e acabei me envolvendo mais e mais com a publicidade, mudei de agências e cheguei numa que também era produtora de vídeo, e foi onde aprendi a editar comerciais de tv, trabalhar com computação gráfica e animações em 3D, entre outras coisas. Paralelo a isso tudo, desde a adolescência sempre fui muito fã de programas dance no rádio e sonhava em ser DJ ou trabalhar em rádio, ou seja, enquanto eu trabalhava pra pagar as contas, meus sonhos corriam por fora e foram se realizando. Hoje em dia, trabalho nas coisas que sonhei (e pagam pouco) e nas que as oportunidades aconteceram (e que me pagam bem). SC – Você imaginou que seu nome um dia fosse ficar tão fortemente ligado à cultura com é hoje, chegando a ser uma referência? JV – Absolutamente!! Nunca fui de gastar neurônios pensando no futuro e especulando sobre como seria minha vida! Sou realmente muito grato por ter sido chamado para fazer parte da TV Cidade e ter conseguido levar adiante (já por quatro anos) um programa que se firmou junto aos artistas locais e que tem uma boa audiência, que é o Revista da Cidade. SC – O que você mais gosta e mais detesta na televisão? E no rádio? Qual as lições que estes dois veículos te deram? JV – Na Tv eu gosto muito de documentários sobre cinema e efeitos especiais, “making of´s” de um modo geral sobre artistas em estúdio, produção, etc., ficção científica, um futebolzinho de vez em quando, alguns seriados legais, cartoons, MTV e canais musicais. Não gosto das apelações rasteiras feitas para ganhar Ibope, e das novelas, que já desgastaram sua fórmula. No rádio eu gosto de programas que possibilitem uma janela para coisas novas, informativas ou criativas, com humor e descontração e infelizmente as rádios sergipanas não se mobilizam nesse sentido. Há excelentes profissionais que poderiam acrescentar e muito ao mercado de rádio em Sergipe com criatividade e inovação mas eles esbarram em diretores ou coordenadores que não tem ousadia e preferem manter velhas fórmulas. Portanto, o que não gosto é de não existir renovação no rádio sergipano como produto. É um biscoito que ficou velho e sem gosto. Quanto aos aprendizados, o rádio sem dúvida foi a grande escola para que eu pudesse, na televisão, ter mais espontaneidade e raciocínio rápido em transmissões ao vivo e dar mais dinâmica no meu trabalho. Na TV, aprendi que o melhor é ser você mesmo. Seja 100% você!!! Quanto mais pessoa e não personagem, mais o público se identificará com você. Claro que, dependendo de função que você vai exercer, o melhor é esquecer tudo que lhe ensinarem sobre impostação de voz, rigidez de movimentos, etc. Eu tenho sempre uma preocupação de fazer bem feito, oferecer o que for melhor, de sair interessante, mas sem a neura do perfeccionismo, pois erros e acidentes de percurso fazem parte do aprendizado e tornam mais humano o trabalho. Saiba lidar com eles e usá-los a seu favor. SC – Aparentemente você passa a idéia de quem não tem grandes objetivos, vai vivendo conforme o vento sopra. Essa é uma idéia verdadeira a seu respeito ou você quer alcançar um lugar ideal? JV – Realmente não corro atrás de sonhos, “unicórnios” ou fantasias. Tento viver um dia após o outro e da melhor maneira possível. E ao final do dia chegar com a tranqüilidade de ter conseguido me manter fiel a alguns princípios pessoais, entre eles o de só fazer amigos. SC – Você é obrigado a lidar com várias funções no mesmo dia. Existe algum segredo? JV – Isso me lembra um amigo que uma vez me perguntou: “Me diga uma coisa: você é locutor, apresentador, ator, designer, etc. etc. O que você fuma ou cheira para dar conta do recado?” E depois de rir um bocado eu disse a ele que minha droga é uma só: sou viciado em trabalho, meu cérebro exige estar em constante atividade e me obriga a preenchê-lo de conhecimentos novos todo dia!! E um detalhe, se quiser me empolgar me proponha uma atividade profissional que eu ainda não tenha feito e eu vou ficar para lá de interessado para me testar! SC – Das funções que você exerce, qual delas te dá mais prazer? JV – Gosto infinitamente de mexer com música, seja como DJ ou com produções no computador remixando sucessos para tocar na noite, pois faço isso desde a adolescência quando ainda usava fitas cassete para editar as músicas. Talvez por ser geminiano eu viva sempre com a atenção em vários focos ao mesmo tempo e há variáveis, ou seja, tem hora que eu to mais a fim de 3D, de música, de rádio. SC – Com tantos talentos e funções exercidos, dá tempo para a família? Como você administra isso? JV – A família tem um pedação do meu coração com certeza e sempre que posso procuro compensar a falta provocada pela correria com a entrega total quando estou com eles. Sei que eles são meu porto seguro depois das batalhas do dia e procuro ser um paizão, um maridão, etc. Como disse antes, tento fazer bem tudo e com eles não é diferente. SC – Qual a análise que você faz da cultura em Sergipe. O que modificaria, se pudesse? JV – A cultura sergipana é riquíssima e eu pude conhecer muita coisa através das minhas atividades profissionais que realmente me fazem ter orgulho de morar aqui e ser parceiro e amigo de muitos desse gênios da arte. Eu mudaria a política de suporte para que esse artistas pudessem ter mais visibilidade em termos nacionais e mudaria a cabeça do povo sergipano que reluta muito em apoiar seus talentos. Há uma corrente de pessimismo e derrotismo sempre maior do que os que estão torcendo a favor e isso é muito ruim. SC – Você sempre diz várias frases no seu programa. Você tem alguma que reflete seu pensamento ou serve como uma espécie de mantra? JV – Curiosamente as frases começaram a ser colocadas na minha ficha pela Valnísia Mangueira (ex-produtora do programa) e eu comecei e lê-las no ar e acabaram virando um item obrigatório. Quanto à minha frase favorita, aí vai: “A vida é simples. A gente é que complica”. Essa frase resume minha postura e atitude com a vida. Descomplicar, não esquentar com bobagens, ser simples e simplesmente ser. Viver já uma grande confusão, para quê ficar criando outras? Tudo de bom! Por Alan Cardoso

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