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(Foto: JR Ramalho/Ascom SC) |
O turista que vai a São Cristóvão e passa a conhecer seus monumentos realiza um verdadeiro mergulho na história gloriosa (passado e presente) do município, porque não dizer do País. A 4ª cidade mais antiga do Brasil possui riqueza cultural e conjunto arquitetônico inenarráveis. Para seus moradores, um simples passeio pode se transformar em descobrimento de suas raízes.
A Praça da Matriz (Praça Getúlio Vargas) é um exemplo disto. É lá que convergem e estão sediados, em construções históricas, os principais órgãos da Prefeitura Municipal de São Cristóvão como a sede da prefeitura e o prédio da Procuradoria Municipal. O antigo fórum, bem como o remoto Sobrado da Cadeia e o Sobrado do Balcão Corrido – tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional e hoje Centro de Restauração (construção edificada entre os séculos XVIII e XIX) – também estão localizados na praça que é o coração do Centro Histórico.
“Quase todo início de noite venho até a praça para encontrar amigos e relaxar. Moro próximo e me sinto privilegiado, mais ainda depois de sua reforma. Além de ser o Centro Histórico de São Cristóvão, a Praça da Matriz é também ponto de encontro e lazer, palco de atividades culturais e possui comércio para atender algumas das nossas necessidades. Temos lojas, banco, academia, padaria e escola, assim como o Beco da Poesia”, fala o contador Eduardo Menezes Nascimento.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória e a Casa Paroquial – Com a população conhecida por ser religiosa e afável, São Cristóvão possui o ponto turístico que devota atenção daqueles que a frequentam. É assim que é vista a Praça da Matriz, onde está situada também a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória – considerada uma das mais lindas e antigas igrejas do estado de Sergipe, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e construída em 1608 e, sua Casa Paroquial – construção datada no ano de 1846.
“A Igreja da Matriz foi construída ainda no século XVII, pelos padres jesuítas. Fico encantada sempre que entro nela e observo sua estrutura belíssima, cheias de detalhes e mantida, até hoje, de forma original. Fico orgulhosa, por todos os sancristovenses, ao poder dizer que toda essa riqueza cultural é nossa e que prevalecerá por gerações e gerações”, afirma a prefeita Rivanda Batalha.
Casa da Queijada
Quando se pensa em doce na cidade de São Cristóvão, as queijadas logo são remetidas ao tema. E como pensar diferente? É lá, na Praça da Matriz, que todo bendito ser humano pode degustar da famosa iguaria gastronômica portuguesa – manjar que passou a ser considerado regional.
As queijadas tanto podem ser consumidas na famosa Casa da Queijada, quanto na antiga Padaria Colonial. É acrescentar açúcar, farinha de trigo, tradição e muita história a receita do doce que mais parece uma broa com cocada em cima. Se alguém tem curiosidade em saber como são feitas as queijadas? Sempre! Mas quem disse que elas são repassadas?
“A nossa queijada é chamada, por muitos, de manjar dos deuses. A única coisa que podemos falar sobre a receita é que elas são feitas de forma artesanal e assadas num forno de barro que dá um gostinho a mais na queijada. Aprendi a receita com minha mãe, que como muitas, que aprendeu com minha avó. A receita ultrapassa as gerações”, diz a sancristovense Neide Faria Santos.
Sobrado do Balcão Corrido
Construído em meados do século XIX, o Sobrado do Balcão está localizado na Praça da Matriz, entre a Padaria Colonial e a Casa da Queijada. Prédio de estilo colonial com influência mourisca (portuguesa) foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional.
Quase toda feita de tijolo e taipa, o Sobrado possui um enorme balcão no andar superior que dá vida ao nome do local. Já no andar superior, funciona um espaço cultural, que hoje, é também a sede da Subsecretaria de Estado do Patrimônio Histórico Cultural (SUBPAC).
O beco que abriga história e entoa lirismo – Quando se pensa em Cultura – com letra maiúscula -, a associação entre população e o meio em que ela vive logo é realizada. Ainda bem. Para que toda e qualquer comunidade usufrua de sua identidade cultural e absorva seu sentimento de pertencimento, é preciso saber aproveitar o que há de melhor na trinca: articulação, recepção e disseminação de iniciativas culturais de cada lugar.
Por iniciativa do Programa Monumenta, o IPHAN recuperou a Ladeira de Epaminondas, conhecida como Ladeira da Poesia ou Beco da Poesia, situada à Praça da Matriz. Além de ser um belo cartão-postal e ponto de cultura em São Cristóvão, a Ladeira da Poesia agrega, ainda que informalmente, agentes culturais. Estes articulam e impulsionam conjuntos de ações com toda transversalidade possível, onde o poder público e a sociedade civil comungam da mesma ideia: suscitar a cultura.
“O Beco da Poesia é fruto de todo lirismo que se pode encontrar em São Cristóvão, com uma bela vista ao final da ladeira. Na época em que foi nomeado de Beco, os moradores não gostaram da nomenclatura. Por conta disto ficou sendo chamada de Ladeira da Poesia”, afirma Maria Glória Santos, poetiza sancristovense e idealizadora do projeto ‘Tem Poesia na Ladeira’.
Fonte: Ascom SC
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