Tânia Maria, artista sergipana, interpreta Billie Holiday (Fotos: Portal Infonet) |
O espetáculo musical sergipano que enfatiza a trajetória dramática da jazzista americana Billie Holiday, também conhecida como Lady Day, foi lançado nesta segunda-feira, 14, na sede do Sindicato dos Bancários (SEEB-SE). A atriz Tânia Maria, intérprete de Billie, subiu ao palco montado no espaço cultural do sindicato. ‘Billie Holiday, a Canção’ tem direção teatral de Raimundo Venâncio e autoria da peça assinada por Hunald de Alencar.
“Sou educadora e artista há mais de 30 anos em Sergipe e para mim é honra interpretar um texto do nosso maior dramaturgo, o Hunald de Alencar, respeitado no Nordeste como um dos grandes ícones da dramaturgia sergipana. Fazer a Billi é se conectar com o mundo. Ela sofreu preconceito racial e por isso e outros fatores dialoga com a realidade atual. É, portanto, um grande desafio adentrar numa pesquisa histórica que não é fruto de um projeto estrangeiro, sendo a arte um recurso que ultrapassa limites”, destacou Tânia.
Espetáculo tem direção teatral de Raimundo Venâncio |
Segundo relatos, Hunald, apaixonado por Holiday, elaborou um texto a ser interpretado pela artista sergipana, cuja voz julgou de grande semelhança. Para Raimundo Venâncio, o produto artístico representa um verdadeiro trabalho de doutorado. “Montar a história de uma artista estrangeira é difícil, porém difícil é também conhecer a história e não se envolver, devido ao sofrimento vivenciado por Billie. Meu maior trabalho de direção teatral e espero que o público compreenda e aprecie o resultado de mais de um ano de pesquisa”, destacou.
Espetáculo
‘Billie Holiday, a Canção’ tem pré-estréia marcada para convidados em 4 de maio, no Teatro João Costa, localizado na antiga alfândega. No dia seguinte, 5, começa a temporada com apresentações todas quintas, sextas e sábados durante o mês. Os ingressos serão vendidos a R$100 e R$50 (meia entrada) e R$ 30 para os artistas teatrais que possuem DRT.
Billie Holiday
Holiday nasceu em 1915, na Filadélfia, como Eleanora Fagan. Teve uma vida curta, mas com surpreendente produtividade e reconhecimento internacional. Eleanora viveu numm internato, onde sofreu violência sexual aos dez anos de idade. Trabalhou como profissional do sexo no Harlem, reduto da comunidade negra em Nova York. Teve dois casamentos e duas detenções por abuso de drogas. Tocou todos os nomes do jazz do seu tempo e das canções, como ‘Strange Fruit’, em 1939, combateu a discriminação racial.
Por Nubia Santana
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