Projeto Freguesia é porta aberta para promover novos artistas

Banda KaraRoots já se apresentou duas vezes no Freguesia (Foto: Wagner Porto)
Qual o artista em início de carreira que não deseja um empurrãozinho sequer na busca de oportunidades para tornar seu trabalho conhecido e valorizado? Há oito anos, o Projeto Freguesia, da Fundação Municipal de Cultura Turismo e Esporte (Funcaju), tomou essa responsabilidade e mostra aos sergipanos e turistas que a musicalidade também é um atributo local.

Nas palavras do coordenador do Departamento de Cultura da Funcaju, Caio Berbert, o Freguesia é “uma vitrine que absorve e expõe o que aparece de bom na cena musical sergipana”. Toda semana, da sexta-feira ao domingo, quatro pontos importantes da capital sergipana, conhecidos pelo comércio informal e pelo público que atraem, tornam-se palcos para novos artistas que têm como propósito levar ao público o trabalho que produzem.

“Qualquer tipo de incentivo à cultura é bem-vindo. Esse projeto em especial dá um importante apoio às bandas que não estão na mídia, principalmente por provocar uma difusão da música na cidade”, considera Leonardo Teixeira, guitarrista da banda de reggae KaraRoots, que tocou pela segunda vez no projeto na última sexta, 21, no Mirante da Praia 13 de Julho.

Apenas uma banda se apresenta por dia (Foto: Wagner Porto)
Além da gratuidade das apresentações, Leonardo acredita que o fato de apenas uma banda fazer o show do dia também é um mérito do Projeto. “A resposta do público é sempre boa, esperamos que hoje não haja nenhum imprevisto”, acrescenta o guitarrista. A KaraRoots possui oito integrantes e toca “uma mistura do reggae clássico com influência de outros estilos”, como define Leonardo. A banda é conhecida do público por já ter tocado algumas vezes na Rua da Cultura.

Público define atrações

As atrações são escolhidas conforme o público: “Na orla, a gente coloca artistas que tocam mais ao estilo MPB; na 13 de Julho, algo mais alternativo”. A estrutura utilizada é básica e considera a oferecida no local. A Funcaju disponibiliza uma tenda e o equipamento de som. A interação entre o público e o artista é mais estreita e facilitada por não existir um palco.

Caio Berbert confirma caráter promotor do projeto Freguesia
O Freguesia também acaba se tornando uma porta aberta para outros convites. “Nós colocamos dez bandas para tocar no Projeto Verão do ano passado, na tenda cultural”, lembra o diretor da Funcaju. Outras propostas podem surgir da própria platéia, que dá respostas positivas à iniciativa. “A gente recebe muito e-mail, telefonema e até por parte dos feirantes. Em geral há um respaldo positivo”, acrescenta.

Aos interessados em participar do projeto, Caio avisa que o espaço é aberto a todos. “A proposta é dar oportunidade, então queremos abranger. Muita gente procura,tanto que demora para as bandas repetirem shows”, diz. Para fazer parte do cadastro da Funcaju, basta enviar todo o material que dispuser ao órgão. Cada apresentação rende um cachê de R$ 500 ao artista ou grupo.

Além do Mirante da 13 de Julho, com shows às sextas, das 18h às 20h, o roteiro do Freguesia inclui a Praça Olímpio Campos, também às sextas-feiras, das 12h às 14h; a Orlinha do Bairro Industrial, aos domingos, das 17 às 19h; a Feirinha do Aratipe, na Orla, aos sábados, das 20h às 22h; e a Praça Tobias Barreto, aos domingos, das 20h às 22h.

Por Diógenes de Souza e Aldaci de Souza

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