O documentário é praticamente inédito em Aracaju. O filme não entrou no circuito comercial da cidade e foi exibido somente durante a terceira edição do Curta-SE – Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe, como um dos longas convidados. O diretor Eduardo Coutinho autorizou sua exibição exclusivamente para o Projeto Psicanálise & Cinema. Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo, são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. O documentário representa os tipos sociais que habitam o prédio: os contentes, os iludidos, os desiludidos, os esperançosos, os sinceros, os desamparados, os felizes, os vencedores, os austeros, os doces, os tristes, os desempregados, os honrados, os esquecidos, os talentosos, os estrangeiros, entre vários outros. São 37 personagens filmados em 26 apartamentos. A produção alugou um apartamento no prédio por um mês. A idéia partiu de uma conversa do diretor com a pesquisadora Consuelo Lins sobre um tema para um documentário: a vida dos moradores de um prédio de apartamentos em Copacabana. Segundo Coutinho, “Nessa aventura, houve uma equipe maravilhosa como nunca tive e uma experiência de vida (e de cinema) extraordinariamente intensa. Gostaria que o espectador participasse pelo menos um pouco dessa experiência”.
O Projeto Psicanálise & Cinema, promovido pelo Espaço Cultural Yázigi e pelo Núcleo Psicanalítico de Aracaju, apresenta nesta sexta-feira, dia 27, o documentário “Edifício Master”, de Eduardo Coutinho, premiado no Festival de Gramado em 2002 e pela Associação de Críticos de São Paulo. Após a exibição haverá um espaço aberto aos participantes para comentários. A sessão começa às 20 horas e a entrada é gratuita.
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