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(Foto: Ascom) |
Um concerto dedicado à obra para violão do compositor Guerra-Peixe abre a programação do Projeto Sesc Partituras, nessa terça-feira, 18, às 17h, no Museu da Gente Sergipana. A apresentação ficará por conta dos violonistas Alessandro Pereira, Marcus Ferrer e Ricardo Vieira.
O Sesc Partituras é um projeto sem fins lucrativos que tem como objetivos preservar, difundir e democratizar o acesso ao patrimônio musical brasileiro, através de uma biblioteca virtual de música, composta por um acervo de partituras digitais.
A proposta é disponibilizar a todos os interessados um sistema de catalogação e busca coerente com as reais necessidades dos músicos e pesquisadores, o que inclui além da consulta ao catálogo, à visualização e audição de cada partitura. Todas as obras executadas no concerto têm as partituras disponibilizadas na página.
Sobre o compositor
Guerra Peixe compôs trilhas para os filmes Terra É sempre Terra e O Canto do Mar, sendo premiado em 1953, como melhor autor de música de cinema. Também realizou trabalhos no campo da música popular brasileira, fazendo arranjos sinfônicos para músicas de Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.
Integrou a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC como violinista e dedicou-se à carreira de professor, dando aulas de composição na Escola de Música Villa-Lobos, e de orquestração e composição, na Universidade Federal de Minas Gerais. Ali, durante toda a década de 1980 até a sua morte, Guerra-Peixe formou um grupo de músicos que ficou conhecido então como "Escola Mineira de Composição" e que reunia os nomes de Gilberto Carvalho, Nélson Salomé, Lucas Raposo, João Francisco de Paula Gelape, Sérgio Canedo, Marden Maluf, Alina Paixão Sidney, Clarisse Mourão, Felix Down Gonzalez e Dino Nugent Cole, entre outros. Nélson Salomé, um dos discípulos mais diretamente ligado a Guerra-Peixe, escreveu um livro sobre o período.
Durante sua fase de maturidade artística, compôs Tributo a Portinari, confirmando seu incomparável domínio de orquestração. Poucos compositores conseguiram, como ele, atingir uma versatilidade e uma admirável concisão de linguagem, buscando na simplicidade a sua arma mais eficaz.
Sobre os intérpretes
Alessandro Pereira – Concluiu o curso de bacharelado e mestrado pela Faculdade de Música da UNESP (Universidade Estadual Paulista). Dentre seus prêmios em concursos, destacam-se: 1º colocado no Concurso Nacional de Violão Heitor Villa-Lobos Tarde da Juventude, 1º colocado no Concurso Nacional de Violão Souza Lima e 2º colocado no Concurso Nacional de Violão Musicalis. Como solista e camerista participou do projeto Violão no Masp, do Seminário de Violão Souza Lima (SP) e do 17º Festival Nacional Ritmo e Som – Unesp; tocou no Centro Cultural São Paulo e nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Gravou trilhas para o programa Oficinas Culturais da TV Cultura de São Paulo. Fora do Brasil se apresentou no 8º Internationales Pfingstseminar Koblenz (Alemanha) e no Concurso Internacional de Guitarra Alhambra (Espanha). Atualmente é professor da Universidade Federal de Sergipe.
Marcus Ferrer – Professor da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Doutor em Teoria e Prática da Interpretação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO. Mestre em Composição pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ. Compositor, violonista e violeiro.
Fundador e integrante da Orquestra de Cordas Brasileira – OCB ganhou três prêmios Sharp: melhor grupo de música instrumental, melhor disco de música instrumental e melhor disco de música instrumental com Chiquinho do Acordeon e Raphael Rabello 3º lugar no II Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola com sua obra Toada Serra Mar. Suas composições já foram apresentadas nos Estados Unidos, na Dinamarca, na França e em Portugal.
Ricardo Vieira – Violonista, compositor e arranjador, começou os estudos musicais há 18 anos e durante este período, atuou nos diversos setores da música, acompanhando artistas do cenário local e nacional, tais como Gwendole Thompsom, Silvério Pontes, Zé da Velha e o cantador Xangai, além de participações em festivais, gravações, arranjos e produções musicais. Atualmente, é líder do Grupo Brasileiríssimo e desenvolve projeto de música brasileira no duo formado com o flautista João Liberato. É mestrando na área de Criação e Execução do mestrado profissional da Universidade Federal da Bahia.
Fonte: Ascom