Punka: um dos maiores festivais da cena independente

Em sua oitava edição, o Punka – festival de música independente de Sergipe -, é considerado hoje um dos maiores do Brasil e faz parte de um restrito grupo de divulgadores da cena independente no Nordeste. A equipe do Portal InfoNet conversou com Hilton Barbosa, diretor executivo da K-Produções, responsável pela produção do evento, sobre a difusão do trabalho de artistas da cena no Estado, através da execução do festival, e sobre as dificuldades enfrentadas em Aracaju para que o mesmo acontecesse. O Punka 2004 acontece nos dias 22 e 23 de outubro, no Espaço Emes.

 

PORTAL INFONET – Apesar de esta ser a oitava edição, algumas pessoas em Aracaju ainda desconhecem o Punka e não sabem da sua importância como um dos maiores festivais da cena independente no Brasil. O que é o Punka e qual o seu objetivo?

 

HILTON BARBOSA – O Punka é um festival que busca trazer para o público em Sergipe o trabalho autoral que vem sendo realizado por bandas não só do Estado, como de todo o país. O principal objetivo é ajudar a divulgação de bandas que não têm acesso à televisão ou ao rádio e não possuem condições para divulgar o seu trabalho, além de contribuir com o crescimento da cena independente no Estado. O festival surgiu em 99 e era realizado semestralmente em um único dia, com o passar do tempo nossa estrutura foi crescendo de acordo com a demanda, que é grande, e hoje isso tomou tamanha proporção que o Punka se transformou em um festival anual, realizado em dois dias e com um número bem maior de atrações, além de ser considerado um dos maiores festivais da cena no país.

 

INFONET – No Nordeste, qual a posição do Punka em relação aos festivais independentes realizados em outros Estados?

 

HB – Segundo a crítica especializada, hoje o Punka é considerado um dos maiores festivais do Nordeste. Junto com o Mada de Natal/RN e o Abril pro Rock de Recife/PE, o Festival faz parte de uma tríade de nomes respeitados, por contribuir muito com a divulgação da cena independente no Nordeste. Estados como Alagoas, Bahia e Ceará não possuem festivais do nível do que realizamos aqui em Sergipe e isso sem dúvida nenhuma é o resultado de um trabalho difícil que realizamos há sete anos.

 

INFONET – Com sete anos de trajetória, quais as maiores dificuldades enfrentadas para que fosse realizado o Punka?

 

HB – Em Aracaju, a maior dificuldade foi fazer com que o nome do festival chegasse às pessoas, porque logo no início, era muito difícil fazer a divulgação. Mas conseguimos mostrar que fazemos um trabalho sério e a partir daí as portas foram se abrindo, a imprensa deu uma força colaborando com a gente e conseguimos veicular o evento pela cidade. Mesmo assim ainda temos alguns problemas, o que é normal, pois aqui no Estado as pessoas valorizam muito pouco o trabalho de artistas independentes. Mas graças a Deus estamos conseguindo desenvolver nosso trabalho, sem precisar deixar nossas origens de lado. Fazemos música independente e de boa qualidade, e por realizar um trabalho bacana, o respaldo é garantido.

 

INFONET – Como se deu o crescimento do Punka?

 

HB – Estamos crescendo junto com a cena independente. Hoje em dia o número de revistas, sites, programas de TV e de rádio especializados no trabalho de artistas independentes é absurdo e no Nordeste isso é comprovado com a lista “Nordeste Independente”, da qual fazem parte não só músicos, mas também produtores, jornalista e pessoas ligadas à cena. Esse ano a reunião do “Nordeste Independente” acontece aqui em Aracaju, durante o Punka. O que mostra o respeito que conquistamos com o nosso trabalho. Crescemos tanto porque desenvolvemos um trabalho em parceria com a própria evolução da cena, sempre nos atualizando e mostrando que realmente entendemos do assunto.

 

INFONET – A cada ano é visível a profissionalização do Festival. Quais as novidades desse ano?

 

HB – O Punka vem com o mesmo esquema de estrutura, que são: dois palcos, área de alimentação e o Punkatronics (tenda de música eletrônica do evento). Mas esse ano vem ainda mais profissionalizado, com uma melhor qualidade de som e dos materiais que formam a estrutura do evento, fazendo com as pessoas circulem por todos os locais e de forma segura e confortável.

 

Por Theo Alves

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