Quinteto Violado: erudito e popular se misturam
A primeira atração da noite do palco Luiz Gonzaga é o Quinteto Violado. O grupo já encanta o público com os ritmos pernambucanos, carregando no som de seus instrumentos. O Quinteto existe há 34 anos e é a quarta vez que se apresenta no Forró Caju.
“Todo ano o público interage bastante com a banda”, diz Marcelo Melo, percursionista e um dos fundadores do grupo, que possui mais de quarenta CDs e lança o primeiro DVD em agosto, com o título de “Cinco Peba na Pimenta”. O nome do DVD tem várias razões. Peba é um importante animal da fauna brasileira, é um prato tipicamente nordestino e é uma música de Jackson do Pandeiro.
No aniversário de 25 anos da banda foi lançado o livro “Bodas de Frevo – A História do Quinteto Violado”, escrito pelo jornalista pernambucano Gilvandro Filho. Erudito e popular influenciam a banda: de Villa Lobos a Luiz Gonzaga. “Afinal, o erudito um dia já foi popular”, afirma o percursionista.
Nessa longa história, o Quinteto já fez vários shows no exterior, na Alemanha, França e em alguns países da África. “Há 15 dias, estávamos na França participando de uma feira internacional”, conta Marcelo.
PROJETOS – A fundação que leva o mesmo nome do grupo tem como objetivo realizar projetos sócio-culturais que valorizem o homem através da arte. Além de pesquisar e documentar traços peculiares da cultura de vários estados nordestinos, como Bahia, Pernambuco, Paraíba e Sergipe. Dentre os trabalhos da Fundação Quinteto Violado está a produção de um DVD sobre a cultura de alguns municípios sergipanos: Poço Redondo, Canidé do São Francisco, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre, todos localizados no alto sertão de Sergipe, dentro da bacia do rio São Francisco.
Por Paloma Abdallah e Márcia Santos
