Roda de Conversa marca o Dia da Consciência Negra em São Cristóvão

A abertura do evento contou com a presença da vice-governadora eleita do estado de Sergipe, Eliane Aquino e do prefeito de São Cristovão, Marcos Santana (Foto: Márcio Garcez)

Para marcar o Dia da Consciência Negra e reafirmar a necessidade de luta por mais inclusão, igualdade e respeito, a Prefeitura de São Cristóvão realizou nesta terça-feira (20), no auditório do Paço Municipal uma Roda de Conversa sobre a Saúde da População Negra e na ocasião abordou a importância da conscientização sobre a desigualdade racial. Organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Coordenação de Saúde da Mulher, em parceria com o Grupo de Trabalho da Conferência Municipal de Saúde de São Cristóvão (SE), Núcleo de Pesquisa Afro-brasileira e Indígena (NEAB/UFS), profissionais da saúde e militantes do Movimento Negro, todos discutiram o racismo no SUS e a Política Nacional de Saúde da População Negra. A abertura do evento contou com a presença da vice-governadora eleita do estado de Sergipe, Eliane Aquino e do prefeito de São Cristovão, Marcos Santana.

“Estamos aqui em uma roda de conversa sobre um tema importante que guarda nele para além da saúde, uma discussão que tem no seu cerne a questão do preconceito, que extrapola todas as áreas de atuação e acaba inibindo as políticas de saúde da população negra. Temos contribuído tratando de temas reais, concretos e objetivos. Neste dia tão significativo e importante, que a roda de conversa seja proveitosa e que ajude a mudar para melhor a vida da população sancristovense e a sua parcela significativa de negros”, observou o prefeito.

A vice-governadora eleita, Eliane Aquino destacou a importância do debate para o fortalecimento de políticas de igualdade racial. “Momentos como este estão sendo cada vez mais importantes e não só para o cumprimento de metas. Na última década nós abrimos uma porta que era fechada, nós conseguimos dá voz e acessibilidade. Agora mais do que nunca temos que ser resistência, não somos mais escravos dos homens brancos, nem dos pensamentos. Queremos respeito, igualdade e justiça social”.

De acordo com a secretária municipal de saúde, Fernanda Santana, o debate deve ser feito cotidianamente e de forma efetiva. “Ratificamos o compromisso da SMS em trazer para o nosso cotidiano este debate. Que a gente consiga sair com alguns encaminhamentos, que ela não seja apenas uma discussão interna. Precisamos levar para os nossos espaços esta discussão tão importante no processo de reconhecimento da nossa identidade e fortalecimento da nossa história e tudo o que nos compõe enquanto população brasileira”, pontuou.

“Mais que uma data, temos que pensar que esta discussão deve estar presente no cotidiano. Não temos como desconsiderar a importância da contribuição afro brasileira na construção do Brasil. Temos que fazer esse debate da perspectiva da saúde, mas também neste momento de dificuldade com o enfraquecimento das políticas de equidade, olhar para os nossos povos tradicionais e aprender quais as estratégias de resistência e fortalecimento”, finalizou o professor Dr. Roberto Lacerda, núcleo de pesquisa afro-brasileiro e indígena – NEAB/UFS.

Participaram do evento: Renata Carvalho (presidente do Conselho Municipal de Saúde de São Cristóvão), Gaspeu Fontes (diretor-presidente da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe-Água), Acácia Maria (coordenadora de Igualdade Racial de São Cristóvão), Maria do Céu (coordenadora da Sociedade de Apoio às Pessoas com Doenças Falciformes) e o Babalorixá Willian de Oyá (sacerdote afro-brasileiro).

Fonte: Prefeitura de São Cristóvão

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