Rua da Cultura completa sete anos

Apresnetações aocntecem todas as segundas-feiras
Há pelo menos sete anos o cenário cultural sergipano ganhou o impulso de que precisava. Com o surgimento da Rua da Cultura, projeto que nasceu da necessidade de tornar visível a produção cultural local em suas várias manifestações. Segundo o fundador e diretor do projeto, Lindemberg Monteiro, em 2002, época de surgimento das atividades, as manifestações culturais sergipanas não dispunham de um espaço onde pudessem ser vistas.

“Hoje, estamos com uma função além daquelas intervenções artísticas. Nossa preocupação tange outros temas da sociedade. Saímos do ‘pé do asfalto’ para contar, hoje, com um espaço e um cunho mais profissional. Acreditamos que há avanços, mas ainda tem muita coisa a ser feita”, conta.

Artistas locais tem espaço certo para divulgar o trabalho
Uma das principais conquistas, além da valorização do Centro Histórico da capital – área entre os mercados municipais onde os shows artísticos passaram a acontecer permanentemente–, foi a criação da Casa da Rua Cultura, o mais marcante desdobramento do projeto e que há três anos oferece cursos e atividades artísticas envolvendo teatro, música, dança e circo.
As atividades da Rua da Cultura acontecem sempre às segundas-feiras, e a grande comemoração do aniversário ocorreu no último dia 30. Esta segunda-feira, 7, a programação da Rua, que tem início sempre às 18h, contará com Afoxé Depreto, Identidade Zero (rock), Revolução do Reggae e Opusincertum, banda de rock da Bahia.

Ponto de Cultura

Além de ser reconhecido como Ponto de Cultura, o espaço também foi escolhido recentemente como Ponto de Leitura, que recebeu o nome da ilustre sergipana Ilma Fontes; ambos são projetos apoiados pelo Ministério da Cultura (MinC).

“A Casa hoje forma pessoas para movimentar ainda mais essa cena, fora as apresentações que ocorrem de segunda a sexta. Esse desdobramento que o projeto foi tomando ajudou bastante”, considera Lindemberg.

Todo tipo de arte tem vez na Rua da Cultura
Ainda segundo ele, outro resultado importante vem da maior valorização que os sergipanos estão dando à cultura local. “A resposta de um projeto como o nosso é de médio prazo, mas já estamos consolidados. Além da qualidade, a sociedade reconhece e consome o que é produzido”, diz.

Para os próximos anos, ele avisa que a tendência é evoluir de forma gradativa. “Esse movimento é contínuo. Hoje temos a consciência de que temos um espaço de grande importância para o fortalecimento da nossa identidade cultural”, conclui.

Histórico

A primeira ‘Rua da Cultura’ aconteceu no dia 30 de setembro de 2002, idealizada pelo diretor artístico da Cia. de Teatro Stultifera Navis, Lindemberg Monteiro, e executada pelos atores e produtores desse grupo em frente ao Teatro Atheneu. O projeto nasceu da necessidade de levar para as ruas a produção cultural existente em Sergipe e torná-la mais visível, além de dar acesso democrático a todos os cidadãos à arte e cultura.

Casa da Rua da Cultura fica na Praça Camerino e oferece diversos cursos
Nos primeiros meses de funcionamento ocorreram várias apresentações de música, teatro, dança, xadrez e feirinha de artesanato com participação ativa do público. A partir de março de 2003, a Rua da Cultura passou a acontece no Centro Histórico da cidade, numa área em frente ao Mercado Tales Ferraz, construção inaugurada em 1926.

A decisão de continuar o projeto naquela localidade mesmo com a Casa da Cultura foi tomada com o intuito de trazer pessoas para o Centro Histórico, que havia sido reformado, mas ainda não contava com nenhuma proposta de revitalização ou projeto cultural.

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