Nino Karva é um músico completo. Antes de tudo, um estudioso nato da música, enquanto cantor e compositor. Os ritmos, a cultura popular, os grandes nomes do meio, dentre outros elementos, passam por seu crivo, invadindo sua mente criativa, sempre ávida pelo revelar do desconhecido. Além disso, ele também é luthier, nome dado ao profissional que fabrica instrumentos musicais, especialmente de corda. Recentemente, inclusive, Nino foi destaque na 2ª Feira de Música no Ceará, quando recebeu uma encomenda para uma orquestra sinfônica que trabalha com jovens carentes em Fortaleza. Hoje, no Projeto Quintas da Assaim, ele canta e encanta o público sergipano, a partir das 21 horas, na Casa de Show Melodia, com “Samba, Nosso Samba”. SERGIPE CULTURAL – Antes de tudo, Nino, o que você tem a dizer sobre o projeto Quintas da Assaim? NINO KARVA – Pensamos esse projeto inicialmente como algo maior, buscando apoio junto à Lei de Incentivo à Cultura. Seria um espaço maior, o Teatro Atheneu, e que não tivéssemos que nos submeter aos órgãos públicos, criando assim um espaço para os artistas locais. Depois, pensamos em algo mais intimista, que criasse a intimidade, a proximidade com o público. Foi então que escolhemos o Melodia. SC – O que você traz ao público no show “Samba, Nosso Samba”? NK – É um show mais intimista, com dois violões e um pandeiro, com os músicos Lito Nascimento, Marcos Garret e Batata Dupan. No show passamos por Noel Rosa, Ataufo Alves, Paulinho da Viola e muito outros. Esse trabalho não tem a pretensão de pesquisa ou resgate histórico, e sim sentimento. Ele traz sentimentos meus de quando eu ouvia seresta em Simão Dias. Sai da minha linha de pesquisador. SC – Esse material pode virar CD? NK – Estou preparando o repertório do novo CD, que ainda não tem nome. Ele será uma versão do amor. Trará as várias versões do amor. Amor a dois, entre várias pessoas, ausência de amor… O show é uma pré-apresentação de alguns novos trabalhos, como “Madeira de Lei”, que é um samba tradicional. Tem também o “Samba de Iô Iô”, que é de um compositor de Simão Dias chamado Zé de Jove. “Iô Iô” é, uma corruptela, de “senhor”. SC – Tocamos agora em sua veia de pesquisador, não é? NK – [Risos]. É verdade, sempre tem um pouco. Só estou em um momento diferente, pois cansei de cantar só para intelectual. Estou cantando para o povo. A noite de hoje, dia 21, do projeto Quintas das Assaim contará também com lançamento do livro “Luiz Gonzaga – Discografia do Rei do Baião”, de Uéliton Mendes da Silva, além da participação de Audry da Pedra Azul, em performance de Ney Matogrosso.
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