Sargento Getúlio, da obra de João Ubaldo Ribeiro

(Foto: Divulgação)

Essa é uma história de aretê, diz João Ubaldo Ribeiro, no início de Sargento Getúlio. O conceito de aretê estava intimamente ligado à cultura grega. Cumprir seu destino, realizar sua incumbência. Junto a isso, estava o sentimento de que era melhor viver uma vida curta e honrada do que uma longa vida medíocre, fugindo de seu destino, da glória, do seu propósito na existência.

Getúlio Santos Bezerra, um nome em redondilha maior, personagem de um grande poema épico em primeira pessoa. Contradições como as do personagem, que tem a missão de levar um prisioneiro político de Paulo Afonso, na Bahia, a Aracaju, em Sergipe. No entanto, a meio do caminho, a ordem de seu chefe é desfeita e o destemido sargento, contra tudo e todos, toma a grande decisão:

“Se for assim mesmo como se diz que é, espero as outras ordens, porque essa está dada e nem o chefe que viesse aqui e me pedisse para não levar eu não deixava de não levar, porque possa ser que ele esteja somente querendo me livrar de encrenca e eu não tenho medo de encrenca.”

A obra fala sobre honra, a palavra dada, e o destino, que dá voltas. Getúlio representa um passado, que “tinha umas mágica”, e que está morrendo com a pusilanimidade, com a falta de palavra, com a frouxidão que não é aquela contrária aos que gostam de briga, mas que é contrária aos que defendem sua ideia, sua virtude.

Para Gil Vicente Tavares, diretor e dramaturgo responsável pelo adaptação do espetáculo, a opção pelo monólogo veio logo na primeira leitura, pois Interessava imaginar esse homem, sozinho, contra a história, contra a platéia, defendendo sua idéia, sua honra, sua missão. Tentei captar os vários getúlios no sargento, outros carlos no Betão, outras imagens do nordeste: com o auxílio luxuoso de uma equipe afinada e consistente.

Sargento Getúlio é um monólogo com cinquenta minutos de duração. O espetáculo foi o grande vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2011 nas categorias: Melhor Espetáculo e Melhor ator.

Serviço

Espetáculo: Sargento Getúlio
Autor: João Ubaldo
Elenco: Carlos Betão
Direção: Gil Vicente Tavares
Data: 06 e 07 de Julho
Local: Teatro Atheneu
Horário: 21h e 20h, respectivamente
Ponto de venda: Bilheteria do teatro
Valor: R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Informações: (79) 3213-7468

Fonte: Assessoria de Imprensa

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