Eis a pedra boba e grave
A aspirar o cheiro de vida
Que paira no ar por entre rochedos
Da primavera recorrente,
Que em leve passar,
Dedilha grave as teclas do tempo
E, ao ouvir o som profundo,
Perde-se em íntimo labirinto
A escutar estrelas e a saborear
O doce azul das notas que a fazem
Grave e boba, num átimo, onde a vida se vela
E se revela com o nascer da rosa mística
Do íntimo da pedra estática que caminha sobre o tempo;
Oscilante;
Vacilante,
Sem perceber o quanto de luz carrega,
Sem a óbvia percepção de seu ser-pedra.
Por Gustavo Aragão
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