Sergipanos não comparecem ao Circuito Henfil

Gustavo e Sharon
Está em cartaz desde a última sexta-feira, na Biblioteca Epiphâneo Dória, o Circuito Henfil, que traz a Aracaju 100 trabalhos do renomado cartunista mineiro Henrique de Souza Filho, irmão do sociólogo Herbert de Sousa, e que ficou mais mais conhecido pelo seu apelido. Apesar da importância da obra e da história deste artista brasileiro, poucos, ou muito poucos sergipanos têm comparecido ao circuito para prestigia-lo.

 

Nesta segunda e terça-feira, apenas 20 pessoas, ou melhor cinco na segunda e 15 na terça, compareceram à palestra ‘A Vida de Henfil’ proferida pelo filho do cartunista, Ivan Consenza de Souza, que aconteceu às 19h no auditório da biblioteca. “Não adianta fazer os eventos se as pessoas não comparecem”, declara Sharon Backx, produtora executiva do Circuito.

 

Aracaju é a primeira cidade do Nordeste a receber a exposição, que traz desenhos e tiras com alguns dos principais personagens do artista, entre

Graúna, Zeferino e Bode Orelana
eles Graúna, Bode Orelana, Delegado Flores, Ubaldo e Zeferino, além de exibição de filmes e documentários. “Eu fiz questão de trazer o circuito à Aracaju, primeiro porque eu adoro a cidade e achei que ela merecia. Não mudei de idéia ainda porque eu sou muito teimosa. De tudo, eu só não tenho a reclamar do pessoal da secretaria e da biblioteca”, afirma Sharon.

 

No dia da abertura os organizadores esperavam um público maior, caso não houvesse duas aberturas de exposições concorrendo com a de Henfil. Apesar da pouca visitação, Gustavo Schluckebier, ressalta que “não foi por falta de divulgação, o trabalho da imprensa foi muito bom”.

 

As escolas, por sua vez, têm levado as crianças para apreciar as obras e assistir aos filmes. No entanto, Sharon lamenta o fato desses estudantes serem muito novos e o formato da exposição

Obras em cartaz: mais de 100 trabalhos do artista
ser mais voltado para jovens e adultos que conhecem, ou viveram na época de Henfil, público este, que não tem prestigiado a mostra.

 

“Nem a classe artística compareceu como eu esperava. Henfil é do Brasil! Fiquei decepcionada com a falta de consideração das pessoas com a pessoa dele. Eu descobri que os sergipanos desconhecem quem foi ele, até mesmo professores e jornalistas”, ressalta a produtora.

 

Para quem não conhece, Henfil, além de cartunista, atuou também em teatro, cinema, televisão e literatura ele chegou a escrever nove livros. Parelelo a sua carreira profissional, ele foi um importante personagem nos movimentos políticos e sociais do país, a exemplo dos movimentos pela anistia a presos políticos e pelas eleições diretas para presidente.

 

“Até hoje a gente colhe os frutos que ele plantou. Nós não podemos esquecer dos grandes homens, se não os próximos nunca virão”, afirma Sharon. Hemofílico, Henfil faleceu em 1988, vítima da Aids, contraída através de transfusão de sangue.

 

Para os atrasadinhos ou desatentos, vale lembrar que o Circuito Henfil fica em cartaz até o dia 30. A exposição dos cartuns fica aberta a visitação da 8h às 22h (de segunda a sexta) e das 9h às 10h30 acontece exibição de coletâneas de entrevistas e do filme Tanga. A entrada é franca.

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