Sergipe divulga música na Feira Música Brasil, em Belo Horizonte

Patrícia Polayne abriu o show de Gilberto Gil (Fotos: Secult)
Durante sete dias, a cidade de Belo Horizonte foi palco de um grande encontro de artistas, empresários, produtores de eventos, entidades, selos, gravadoras e festivais. A Feira Música Brasil, que está em sua terceira edição, aconteceu de 8 a 12 de dezembro, e Sergipe esteve lá para promover a música sergipana e participar da agenda de discussão sobre o novo cenário da música brasileira.

Como em todos os anos, a FMB cria oportunidades para que artistas, donos de selos e produtores tenham contato com empresários de gravadoras, organizadores de festivais e eventos a fim de fecharem negócios para divulgação dos seus trabalhos.

Para os agentes sergipanos é um encontro bastante produtivo, como afirmou Alex Santa’nna, músico da banda Naurêa e que também possui carreira solo. Através do seu selo Disco de Barro, Alex representou artistas como Werden, Tatá Erê, e as bandas Cabedal e Pilão de Pif, além de

Estandes da Feira Música Brasil
participar da rodada de negócios também divulgando o seu próprio trabalho e o da Naurêa. Boas notícias para a banda. “Confirmamos nossa participação no festival SXSW que acontece em Austin-Texas nos EUA. Esperamos nos próximos meses colher alguns frutos desse encontro”, contou.

Rick Maia, da banda Mamutes, também repetiu a dose do ano passado e foi à FMB para participar da rodada de negócios, mas, sobretudo, para consolidar ainda mais a sua rede de contatos. Em 2010, Maia participou dos principais encontros na área da música, sempre com o objetivo de divulgar seu trabalho e estreitar relações com quem produz música independente no Brasil. “O que fizemos esse ano foi plantar sementes para em 2011 ampliar nosso trabalho. Muita gente ainda não está ligada que o processo precisa acontecer dessa forma”, avaliou Rick.

Kadydja Albuquerque, diretora de Integração e Projetos Culturais
A Orquestra Sanfônica também esteve representada por Fernando Filho, da Funcaju, que negociou apresentações deste grupo. “É muito importante participar de uma feira como essa para que nos atualizemos sobre a evolução do mercado musical. E aí percebemos que o produto deve sempre ter uma boa apresentação para conseguir êxito”, explicou Fernando.

Os selecionados

Boa apresentação do produto é algo que já foi compreendido por boa parte dos artistas sergipanos, e isso vem sendo percebido na participação que vêm tendo em programações de importantes eventos nacionais. Todos os anos, a Feira Música Brasil abre edital para selecionar artistas que comporão a programação oficial de shows à noite, logo após as rodadas de negócios e a agenda de capacitação. É uma forma democrática de garantir a diversidade das regiões brasileiras e colocar em um mesmo palco artistas com trabalho ainda incipiente e outros já consagrados como Gilberto Gil, Andreas Kisser e Otto.

Este ano, Sergipe teve dois representantes no palco principal da FMB. Na primeira noite, a cantora sergipana Patricia Polayne abriu para Gilberto Gil e encantou o público. “Estou muito feliz com a recepção. Costumo dizer que não faço música sergipana, mas música do mundo produzida em Sergipe, e esse show é fruto de um amadurecimento constante do meu trabalho”, definiu Patrícia, que vem despontando no cenário nacional com suas canções de amor e exílio, mesclando ritmos tradicionais sergipanos como samba de côco com o pop e MPB.

Ferraro Trio, um terceto instrumental, foi a segunda atração sergipana na FMB, e se apresentou no sábado. Em sua página no MySpace, o grupo divulgou que o show foi muito bom e que possibilitou novos contatos. Esse é o espírito da Feira Música Brasil: reunir a produção musical brasileira, principalmente a independente e colocá-la em intercâmbio cultural.

Exporta Som

Além dos artistas, a Secretaria de Estado da Cultura e a Fundação Aperipê estiveram presentes à FMB para realizar ações de promoção da música produzida em Sergipe. Uma iniciativa que faz parte do projeto Sergipe ExportaSom. Recém-lançada, a coletânea Music from Sergipe foi distribuída durante as rodadas de negócios com uma seleção de músicas de diversos artistas sergipanos, organizada pelo selo Disco de Barro com curadoria da AstroNave. “Sabemos da dificuldade de muitos artistas em participarem de eventos fora do estado, e a coletânea é uma forma de condensar o que é produzido em Sergipe e fazer essa produção ser vista e ouvida além fronteiras sergipanas”, explicou Kadydja Albuquerque, diretora de Integração e Projetos Culturais da Secult/Se.

“A coletânea Music From Sergipe chegou às mãos dos principais produtores nacionais e muitos do mercado internacional. Foram ações de um mesmo projeto, colocar a musica sergipana no mapa do mercado nacional e internacional”, destacou Indira Amaral, presidente da fundação.

A Aperipê também ajudou a montar e coordenar a rede de rádios públicas que transmitiu ao vivo a FMB, levando  para o país informações sobre toda a programação. Quem não pode ir à feira, acompanhou através de boletins diários e pode ouvir todos os shows do palco principal através da Aperipê FM.

Fonte: Secult

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