Entre os dias 24 e 27 de maio, a diretora geral da Egbé Mostra de Cinema Negro, Luciana Oliveira, representou o estado de Sergipe no Encontro Nacional da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) 2023. O evento aconteceu em Campinas, interior de São Paulo, com quatro dias de atividades, sendo dois deles na Casa Cultural Fazenda Roseira, sede do Grupo de Jongo São Benedito. Como organização que, de fato, representa os profissionais negros e negras no Brasil dessa área, a Apan vem exercendo um trabalho de transformação no cenário audiovisual, lutando contra o racismo e, também, o machismo que é outra prática excludente dentro do mercado.
Durante o encontro, Luciana Oliveira teve acesso à linha do tempo da instituição que ressalta o trabalho e as conquistas alcançadas desde 2016. “Durante a pandemia, a Apan lutou para construir o Fapan, um fundo que, a partir de uma parceria com a Netflix, pode possibilitar ajuda financeira para associados e não associados, tendo profissionais sergipanos contemplados”, exemplifica. A Apan também possui assistência jurídica, além de um espaço de formação contínuo com laboratórios, cursos e oficinas. A associação também conta com a plataforma de streaming TodesPlay com um catálogo de obras do cinema negro e, também, indígena de várias partes do Brasil. “Associada desde 2018, eu tenho um espaço quilombo para me sentir segura, amparada e acolhida como profissional do audiovisual negra e mulher. De fato, não ando só!”, destaca.
Com a missão de compartilhar como é o cenário audiovisual sergipano e de contribuir para a construção de metas e ações para os próximos dois anos, Luciana Oliveira faz questão de ressaltar a importância de se juntar a instituição ”Entendendo a Apan como o grande Quilombo do Audiovisual Negro, é um espaço seguro de escuta e acolhimento dos associades. Ano passado, foi lançada a Carta do Audiovisual Negro para as candidaturas antirracistas cobrando comprometimento com a causa em várias frentes do setor cultural. “Essa carta foi uma ação extremamente importante da Apan e é uma diretriz para pensarmos como dialogar com as gestões públicas locais e sinalizar que nada sobre nós será feito sem nós.” enfatiza.
Como diretora geral da Egbé Mostra de Cinema Negro, Luciana Oliveira traçou costuras interessantes entre a mostra e a Apan e retorna reenergizada. “Volto com uma mala de aprendizagens, com vontade de compartilhar com colegas o que aprendi, enxergando os desafios e os trabalhos que precisamos fazer. E aproveito para convidar profissionais negros e negras do audiovisual sergipano que ainda não conhecem a Apan, a acompanhar a associação nas redes sociais e através do site. “Em breve teremos um espaço de encontro para apresentar a Apan localmente então, mais uma vez, deixo um convite aos nossos colegas para se associar e somar nesse quilombo”, reforça.
Fonte: Egbé
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