Sergipe tem dois críticos de arte filiados a entidades nacional e internacional

Lílian e Ronaldson são nomes conhecidos da cena cultural de SE
Sergipe conta desde o mês de outubro com dois importantes nomes para o incentivo e a reflexão sobre a produção artística local. Pela primeira vez em 60 anos o Estado terá dois representantes da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), entidade formada por professores, pesquisadores, teóricos e jornalistas que incentivam a pesquisa e a reflexão da área.

A professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e pós-doutora em História da Arte Lílian França, e o artísta plástico Ronaldson Sousa foram escolhidos em um processo de avaliação pelos membros da ABCA que durou um ano. Segundo Lílian, apesar de o nome dos avaliadores não poder ser divulgado, ele pode incluir gente do porte de Ferreira Gullar, Radha Antônia Pinto Abramo, Agnaldo Farias, Benedito Nunes, Juarez Paraíso, João Câmara Filho e Sheila Lerner.

Lílian ressalta o carárer imédito da filiação sergipana na entidade (Foto: Portal Infonet)
“Assim poderemos apresentar Sergipe em espaços e veículos de abrangência nacional”, considera a professora, ressaltando o caráter inédito da filiação de membros sergipanos na instituição. Ronaldson, que trabalha com jornalismo cultural em Sergipe há mais de 15 anos, enxerga a entrada na ABCA como uma grande oportunidade de ajudar na reflexão sobre a arte no Estado. “Ela representa mais responsabilidade e uma forma de reafirmar a missão de colocar meus textos a serviço dos colegas”, disse.

A indicação de ambos veio pelo artista plástico baiano César Romero, que realizou uma verdadeira campanha em prol de Sergipe. A escolha se deu pela análise de currículos e das produções de cada um. Três críticos renomados de estados diferentes do país fizeram a análise e levaram suas considerações para aprovação em plenária. Eles foram aceitos por unanimidade.

Ronaldson acredita que filiação dará maior visibilidade a Sergipe (Foto: Arquivo Pessoal)
A partir de agora Ronaldson e Lílian estão credenciados para ter acesso gratuito a qualquer museu do país, incluindo o acesso à reserva técnica de obras e documentos para a pesquisa e produção de textos. A chancela da entidade os qualifica, ainda, para publicar textos em qualquer jornal ou revista brasileiros. “Ela dá status institucional, abre portas, não só meu texto falará por mim, mas este reconhecimento confere respeito à crítica cultural”, comemora o artista plástico.

“Isso vai demandar mais estudos, pesquisas e elaboração de textos que possam ser publicados em veículos ligados à crítica de arte”, assevera Lílian França, que inaugurará a nova fase da carreira já com uma publicação no jornal da ABCA. O trabalho de ambos pode, ainda, alçar vôos maiores, já que também no final do mês de outubro eles também foram aceitos na Associação internacional de Críticos de Arte (AICA), cuja eleição ocorreu em Paris. 

“Agora essas associações sabem que temos, em Sergipe, gente preocupada com essas questões, que aqui não é um cantinho estéril de tudo, sem eco. Nas periferias culturais do Brasil é que surgem focos inusitados de criatividade”, entende Ronaldson.

Por Diogenes de Souza e Bruno Antunes

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