Encontro após a exibição da longa (Foto: Divulgação Sesc)

O diretor do filme O Senhor do Labirinto, Geraldo Motta e o ator que faz o personagem principal, Flávio Baurac, participaram na tarde de ontem, 13/09, de um bate papo aberto ao público e que contou com a presença de cerca de 60 alunos de escolas públicas dos municípios de Pirambu e Japaratuba convidados pelo SESC.

O encontro aconteceu após a exibição do longa, no auditório do SESC Centro, um dos pontos de exibição do Curta-SE 2011. Além de divulgar o filme produzido em Sergipe, o diretor e o ator tiveram a oportunidade de falar sobre a obra de Arthur Bispo do Rosário, sergipano do município de Japaratuba e de todo o trabalho de experimentação, produção e filmagem.

Com 95% das cenas rodadas no Estado, O Senhor do Labirinto foi exibido pela primeira vez em solo sergipano na noite da última segunda-feira, 12/09, no Teatro Tobias Barreto, durante a abertura oficial do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe -CurtaSE.

O filme conta a história de Arthur Bispo do Rosário, vítima de esquizofrenia, que viveu assombrado por misticismos e alucinações nas instituições psiquiátricas pelas quais passou entre 1938 e 1989, ano de sua morte. Durante seus períodos de clausura na Colônia Juliano Moreira (Rio de Janeiro), onde viveu por 50 anos, Bispo do Rosário produziu um acervo de bordados, estandartes e assemblages que postumamente ganharam o Brasil e o mundo com seus insuspeitos traços de arte pop contemporânea e a pungência de sua trajetória.

"A obra dele é de uma contemporaneidade ímpar. O que ele estava produzindo dentro da Colônia, os artistas contemporâneos de ponta estavam produzindo. Só que esses artistas estavam dialogando com a tradição artística. O Bispo não. Ele estava de uma forma intuitiva fazendo o que todo mundo estava criando no novo movimento das artes plásticas. Isso é que é singular. Um homem solitário fazer o que todos almejavam fazer", disse Geraldo Motta, diretor do longa.

Fonte: Ascom Sesc