Stª Luzia terá Centro de Arte, Ciência e Tecnologia

Local onde o centro será construído (Foto; Ascom/Sedetec)
A 76 quilômetros da cidade de Aracaju, no território Sul do Estado de Sergipe, está a cidade de Santa Luzia do Itanhy, que possui aproximadamente 14 mil habitantes. Cercada por mata atlântica e manguezais, a localidade possui uma estrada que leva ao povoado do Crasto, que sobrevive basicamente da pesca de mariscos e crustáceos. Este foi o cenário escolhido para a implantação de mais um Centro Vocacional Tecnológico (CVT) em Sergipe.

O projeto será fixado através de uma parceira entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec), e o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI).

Na última sexta-feira, 6, o secretário do Estado do Desenvolvimento, Jorge Santana, acompanhado do responsável pela área de relacionamento institucional e novos negócios do IPTI, Saulo Barretto, visitou o terreno onde será construído o CVT de Arte, Ciência e Tecnologia, voltado a projetos que envolvam apoio ao ensino de Ciências e apoio às atividades produtivas locais.

Além da construção do CVT, um acordo entre o IPTI e a associação dos pescadores da região prevê a reforma do clube dos pescadores da Vila do Crasto, onde passará a funcionar a sede do IPTI no povoado. O local, que agora está mal preservado, apresentando inclusive perigo de desabamento, passará por melhorias. “O acordo de permissão de uso fará com que o IPTI tenha uma sede no município ainda em 2009, e determina que depois de quatro anos, o IPTI devolva a sede reformada e em condições de uso aos pescadores”, explicou Saulo Barretto.

Paralelamente à instalação do Centro Vocacional Tecnológico no povoado do Crasto, a parceria entre a Sedetec e o IPTI prevê a instalação de um Centro Cultural de Arte, Ciência e Ecologia – que também envolverá a temática do meio ambiente, devido à intensa diversidade dos ecossistemas presentes na região.

De acordo com Saulo Barretto, o terreno para a construção do centro cultural foi adquirido pelo IPTI, num total de 130 mil m², boa parte coberto por manguezal, e o Instituto trabalha agora na elaboração do projeto conceitual para a posterior fase de captação de recursos para a construção do centro, que abrigará a sede definitiva do IPTI em Santa Luzia. A expectativa para a inauguração do novo espaço é 2013, quando o IPTI devolverá o clube dos pescadores à associação local.

Estrutura

O ‘CVT de Arte, Ciência e Tecnologia’do povoado de Crasto contará com um laboratório de apoio ao ensino de Ciências, com recursos já assegurados para a melhoria do ensino nas escolas de ensino fundamental da região e contará com sala para treinamento. Como um dos objetivos do projeto maior do IPTI é incentivar a presença de pesquisadores que desenvolvam trabalhos voltados para as necessidades sociais na região Sul de Sergipe, o CVT também contará com uma sala especial para estes. Na recepção, funcionará ainda uma pequena biblioteca. Ao todo, serão 190 m² construídos. “É um pequeno CVT, mas com muita vontade de desenvolver projetos que ajudem de fato a região”, ressaltou Saulo Barretto.

Ainda de acordo com o representante do IPTI, além do projeto de apoio ao ensino de Ciências nas escolas, o ‘CVT de Arte, Ciência e Tecnologia’ já possui outros projetos inscritos interessados em atuar na região. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por exemplo, está financiando um projeto de apoio ao artesanato local (palha e bordado). Já o instituto Oi Futuro aprovou recentemente um projeto voltado à melhoria da alfabetização infantil (neurociências e educação). Ambos os projetos utilizarão a estrutura do CVT.

Segundo o secretário Jorge Santana, a parceria que envolve a Sedetec e o MCT prevê a construção de um CVT para cada território sergipano, e um dos papéis da secretaria é coordenar a interiorização do desenvolvimento do Estado, proporcionando a convergência de projetos voltados para o crescimento local. “Os CVTs permitem, entre outras ações, a difusão do conhecimento científico-tecnológico, o aumento da competitividade entre micro e pequenas empresas e o adensamento das cadeias produtivas específicas do território”, explicou.

ASN

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