Tradição: cortejo de carroças movimenta ruas de Aracaju

O tradicional cortejo de carroças da Rua de São João (Fotos: Portal Infonet) O noivo e o padre tentando convencer a noiva a casar Animação marca festejos da Rua de São João Ivanilde Alves apresentou a festa tradicional do Bairro Santo Antônio a um amigo de Salvador

Mais de 40 carroças seguiram em cortejo junino pelas ruas do Bairro Santo Antônio, em Aracaju, na tarde deste sábado, 24 de junho, dia de celebrar São João. Mesmo com o risco de a festa não acontecer nesse ano por causa da falta de incentivo do poder público, não faltou animação aos moradores do bairro, que lutam para manter a tradição que já tem 107 anos.

Nesta edição, o cortejo de carroças teve como tema o casamento caipira de "Zé da Lava Jato", interpretado pelo morador do Bairro Santo Antônio, Jorge dos Santos. "Há três anos que eu sou o noivo do cortejo e em todos os casamentos eu que deixei a noiva. Nesse, ano eu achei uma noiva que não quer casar só porque meu nome está na lista da Lava Jato", brincou.

Nesse mesmo clima de animação, Adriana Lima, que interpreta o papel de noiva pela segunda vez, falou da importância de manter a tradição dos festejos juninos da Rua de São João.

"O lema do evento esse ano é manter uma tradição de 107 anos. Essa é uma festa que reúne pessoas de todos as idades, desde crianças até idosos, nasci e me criei aqui e sei que essa é uma tradição das famílias do Santo Antônio e não podemos deixar acabar", afirmou.

Maria Ivanilde Alves, da direção do Centro Social e Cultural São João de Deus, trouxe um amigo de Salvador para para participar dos festejos juninos de Aracaju. "Moro aqui no Santo Antônio há 57 anos e não podia ficar de fora dessa festa", afirmou. Á noite, retorno do cortejo, que seguiu por diversas ruas dos Bairros Santo Antônio e Industrial, acontece o casamento caipira no palanque da Rua de São João.

As festividades da Rua de São João prosseguem dos dias 25 até o dia 29 de junho, com o concurso de quadrilhas juninas. Sendo que no dia 29 acontece a grande final.

Por Moema Lopes